
DIVULGAÇÃO
Ao anunciar alguns dos destaques da edição deste ano, o próprio Tapia fez questão de comentar a ironia de que o espumante escolhido por ele como o melhor da produção nacional seja feito por um enólogo...chileno. Trata-se do
Cave Geisse Terroir Nature 2009
, produzido em Pinto Bandeira, na serra gaúcha, por Mario Geisse, que em seu próprio país é responsável pelos vinhos da Casa Silva. Já os quatro melhores espumantes produzidos no Brasil pelo método Charmat, segundo o guia, mostram a versatilidade da produção nacional: dois são Prosecco, um é a base da uva Viognier e o quarto um Moscatel, hoje uma especialidade brasileira. No mais, como sempre, o Descorchados reflete as preferências do autor. Ele não esconde, na apresentação, que um de seus objetivos é mostrar "o mais radical da cena de vinhos" dos países que cobre. E é isso que dá um sabor especial a este guia, pois permite descobrir produtores ainda pouco conhecidos e propostas enológicas surpreendentes, sem descuidar da missão essencial de ajudar o leitor/consumidor a fazer suas próprias escolhas diante das prateleiras de uma loja especializada ou de um supermercado, ou ao examinar a carta de vinhos de um restaurante. Assim, ao lado de nomes consagrados como Cousiño Macul (
Lota 2009
, Melhor Tinto chileno) e Catena Zapata (
White Stones Chardonnay 2012
, Melhor Branco argentino), o Descorchados 2015 traz surpresas como a escolha do
Arneis 2014
da vinícola Viñedo de los Vientos, provavelmente o único vinho sul-americano feito com essa tradicional uva do Piemonte, como o Melhor Branco do Uruguai (o Melhor Tinto, sem surpresa, foi o
Amat Tannat 2009,
da vinícola Carrau, velho conhecido dos enófilos brasileiros).
Serviço: Guia Descorchados 2015
Editora: Inner
R$ 105,00