A gastronomia tradicional do Rio de Janeiro carrega muitas influências da culinária portuguesa e isso pode ser percebido em quitutes típicos, como o bolinho de bacalhau e em alguns botequins portugueses espalhados pela cidade.
No blog Seleção Carioca, do Paladar, Bruno Agostini conta a sua experiência em três desses botequins e indica o que pedir. Confira a seguir:
Adega Duas Nações
Fundada em 1967, o local serve pratos com bacalhau que são um grande sucesso. Os bolinhos de bacalhau são ideais para entrada. Já para o prato principal, o bacalhau assado que leva o nome da casa. “Era de qualidade e estava no ponto, bem saboroso. Mas, era uma receita cheia de coisas, tinha até ervilha em lata. Eu prefiro versões mais simples. Bacalhau já tem muita personalidade”, destaca o colunista.
Outros pratos do cardápio incluem bacalhau imperial na brasa e bacalhau à Gomes Sá.
“O cardápio é bem grande, e o lugar goza de boa fama pelos pratos de carne, muitos tipo churrasco, assados na brasa”.
- Av. Vicente de Carvalho, 995 - Vila da Penha, Rio de Janeiro - RJ
Adega d’Ouro
O lugar é simples, mas apresenta uma das melhores receitas de bacalhau do Rio, segundo Agostini. “Belos nacos de lombo, da mais alta qualidade, são empanados e fritos à perfeição, por imersão. Preparo notável, serviço idem.”
“É famoso o ritual. De dentro do balcão cercado por banquinhos (os chamados tamboretes), o atendente destrincha o bacalhau, que chega a estalar de tão crocante, e amassa a batata (Asterix), enquanto rega com o jato de azeite que sai da lata”, explica.
Ao lado do bacalhau são servidas as guarnições, como tomate e cebola crus, azeitonas pretas e palmito em conserva. Para acompanhar, a sugestão é uma garrafa de Vinho Verde.
- Av. Pastor Martin Luther King Jr., 6031 - Vicente de Carvalho, Rio de Janeiro - RJ
Bar da Portuguesa
Um dos destaques quando o assunto são botequins portugueses é o bar comandado pela Dona Donzília. O boteco lembra uma casa, onde há sofás e até uma horta onde a anfitriã planta as próprias pimentas.
Agostini indica o bolinho de aipim com camarão e Catupiry, o pastel de polvo e o caldo de mocotó. “A pimenta é muito da boa, e Dona Dodõ até me ofereceu umas que seriam cortadas direto da horta.”
- R. Custódio Nunes, 155 - Ramos, Rio de Janeiro - RJ