São 350 metros quadrados dedicados aos torrones e aos chocolates. Um espaço belíssimo, que combina loja e cafeteria, concebido para apresentar o cuidadoso trabalho da família Hagi aos paulistanos. Você entra e vai devorando os produtos – primeiro com os olhos, depois com as amostrinhas que vão pintando aqui e ali – enquanto é fisgado pelas saborosas histórias da marca, narradas pelos vendedores.
É assim que você fica sabendo que tudo começou com a busca pelo torrone perfeito, cuja investigação chegou aos tradicionais ateliês da Itália e da França. De lá, Isabel e Adriana Hagi, sobrinha e tia, respectivamente, trouxeram o maquinário, a receita – que leva apenas mel, açúcar, clara de ovo e amêndoas – e os truques para fazer torrones de sabor delicado e consistência firme, mas que derretem na boca.
Além da versão clássica, batizada de San Lorenzo, a marca produz, hoje, outro seis sabores, como o de limão com pistache, o Brasilidade, com castanhas de caju caramelizadas e pedaços de manga desidratada, e o Amazônia, com açaí e castanha do Pará. Todos disponíveis em barra de 60 gramas (R$ 27) ou na versão mini (R$ 4; 8g).

E por falar em Amazônia, vem de lá a matéria-prima que traz personalidade aos chocolates da marca. Após uma viagem de imersão sobre cacau selvagem, em Belém, no Pará, Nilton Hagi, tio de Isabel e marido de Adriana, se encantou pela possibilidade de fazer o próprio chocolate do zero. Assim começaram as expedições do tio em busca de comunidades que colhem cacau selvagem – os principais fornecedores da Hagi são povos indígenas e comunidades ribeirinhas e agroflorestais da Amazônia –, enquanto tia e sobrinha se formavam chocolatières para transformar esse precioso ingrediente em premiados chocolates. Destaque para a barra 70% cacau de Tomé-açu (PA) com manga desidratada (R$ 27,50; 60g), que foi medalha de bronze no Academy of Chocolate Awards em 2023.
De volta ao tour pela megaloja, o saboroso passeio começa pela vitrine repleta de telhas de chocolate, oferecidas por peso, como a de chocolate caramelizado com banana-passa e castanha de caju (R$ 250; 400g), que também ganhou medalha de bronze no Academy of Chocolate Awards. Há outros 14 sabores disponíveis.
A estação seguinte exibe as frutas banhadas com chocolate bean-to-bar, como é o caso das rodelas de laranja confitadas, que demoram 15 dias para ficar prontas pelo tradicional método italiano. Elas dividem a vitrine com figos, damascos, bananas passas… Você pode escolher uma ou duas, dirigir-se até o fundo da loja, onde fica a cafeteria, e pedir um café para acompanhar o docinho.
Depois vêm as gôndolas de minitorrones – imagine um sem-fim deles, ao alcance das mãos… e, bem ao lado, os oito dispensers com diferentes tipos de drágeas (a Banoffee traz bolinhas de banana passa cobertas com chocolates ao leite 42% e branco caramelizado; R$ 75; 220g).
Em resumo, o paraíso para quem gosta de chocolates e torrones.
Serviço
Hagi
Onde: Rua Cônego Eugênio Leite, 629, Pinheiros
Funcionamento: Segunda a sábado das 10h às 20h; domingo das 11h às 19h
WhatsApp: (11) 93407-3484