Enquanto nos Estados Unidos o presidente Donald Trump faz o possível para dificultar a entrada de imigrantes, Dubai segue o caminho oposto. Seu administrador, o xeque Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, aprovou na semana passada a criação de uma nova modalidade de visto para empreendedores estrangeiros.
De acordo com o líder do emirado, a intenção é atrair "talentos excepcionais". O novo sistema de vistos deverá facilitar a chegada de empreendedores, pioneiros e profissionais de alta qualificação para áreas como médica, científica, pesquisa e tecnologia da informação, entre outras. "O futuro da humanidade depende das nossas mentes criativas. Investir nas pessoas é um investimento na nossa economia e sucesso", declarou o xeque. Para ele, o Emirados Árabes Unidos, do qual Dubai faz parte, é um país de "vastas oportunidades", e oferece um "ambiente de tolerância que pode alimentar potenciais e dar suporte para talentos notáveis."
A iniciativa está em sintonia com a diversificação da economia de Dubai. De acordo com a "Bloomberg", esta tendência explica a previsão de crescimento para o emirado mesmo com a queda do preço do petróleo. Espera-se que sua economia tenha ganhos de 3,1% este ano, contra 2,7% em 2016. Dubai tem se esforçado para entrar em novos mercados como finanças islâmica e energia renovável.
O governo do Emirados Árabes Unidos precisou atrasar alguns projetos quando o preço do barril de petróleo ficou abaixo de US$ 30. Com o valor voltando a patamares acima de US$ 50 este ano, Dubai pôde voltar a aumentar seus gastos e focar na criação de empregos, de acordo com o orçamento anunciado em dezembro.
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