Lançado em 1970, o Parque Marisa encontrou seu rumo há 27 anos, quando o fundador Miguel Cerreti colocou fim na rotina de excursões para se estabelecer de vez em Itaquera, na zona leste de São Paulo. De lá para cá, o parque passou de 14 para 22 brinquedos e se não fatura tanto quanto um negócio itinerante, estabilizou os custos fixos ao economizar com a logística e o consequente desgaste de equipamentos.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + :: “A mudança custava caro e estragava muito as coisas”, conta Cerreti. O empreendedor adquiriu o negócio da família de um ‘parqueiro’, falecido em 1970, quando tinha apenas 19 anos. “Naquele tempo, todo bairro tinha um parquinho. A concorrência era grande, mas a gente ganhava mais dinheiro”, lembra o empresário, que viveu seu ápice há 10 anos, quando faturava até R$ 60 mil por fim de semana. “Hoje você coloca R$ 21 mil por fim de semana”, explica o paulista.
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Cerreti fatura R$ 1 milhão por ano, com R$ 300 mil em lucros. “Gasto muito dinheiro com manutenção”, diz o empresário, que há seis anos enfrentou a morte de uma criança de 10 anos em um de seus brinquedos. “Ele tinha 90 quilos e não cabia na cadeira. Mas o pai insistiu, o funcionário errou e aconteceu. Pagamos uma indenização para a família e aprendemos com o episódio”.
A segurança, aliás, é destacada por especialistas como um ponto sensível desse negócio. Para Luiz Sérgio Coelho, professor de Engenharia Civil da FEI, a situação não é generalizada, mas uma parcela dos parques não investe o que deveria em manutenção. “Isso acontece principalmente com os informais. O empresário precisa investir até 10% do faturamento em manutenção. Acontece que às vezes ele não tem esse retorno, as margens são apertadas e ele acaba negligenciando um ponto importante que é a segurança.”
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