Com a estratégia de abrir 320 franquias no Brasil nos próximos cinco anos, a argentina Havanna aparece como uma opção interessante de investimento para empreendedores que buscam atuar no ramo de doces em 2015, um mercado que movimentou US$ 5,8 bilhões no País em 2013.
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Marca forte e condições competitivas oferecidas nos termos de contratação são fatores apontados como positivos para a empresa começar bem seu plano de expansão que, na prática, representa uma média de cinco novas unidades por mês incorporadas à rede até 2020. Alguns fatores, no entanto, surgem como desafios que podem impactar no desempenho operacional dos pontos de vendas que serão adquiridos nos próximos meses. Entre os principais estão como a companhia irá conduzir um modelo de negócios que ainda não praticou no País, a incerteza dos novos mercados e o clima de estagnação da economia. "A marca Havanna é muito forte e muito associada no Brasil ao alfajor. O que [o mercado] precisa antes é saber se o negócio Havanna é forte. Será uma tarefa árdua colocar todos estes negócios em 5 anos. O mais complexo será manter todos abertos e funcionando", diz Marcus Rizzo, especialista em franquias da Rizzo Franchise. Para o consultor, o fato de ter começado a trabalhar no Brasil com lojas próprias permitiu à empresa testar o desempenho de suas cafeterias e quiosques no mercado antes de seguir para o modelo de franquias. Isso também pode ser visto como um diferencial competitivo em relação às outras empresas que atuam no mesmo segmento e também sob o modelo de franquias (Confira lista abaixo). Desde 2006, a Havanna comercializa seus produtos em 28 pontos de venda próprios. Entretanto, a ideia da empresa de oferecer modelos novos de franquia representa um risco à estratégia de expansão adotada pela companhia, na opinião do consultor. "Ter vários modelos cria uma enorme dificuldade para manter os negócios ativos. Vender franquias no Brasil é fácil, o difícil é mantê-las, especialmente quando se tem vários modelos que não permitem ganhar escala na implantação e na sua operação", explica Rizzo. O plano de expansão da empresa foi construído com base em um estudo desenvolvido por uma empresa parceira, o qual tinha como objetivo mapear cidades com potencial de vendas e ajudar a Havanna a desenhar os modelos de franquia. As novas lojas podem ser no modelo quiosque (com opções que variam entre 9 e 16 m²) ou cafeteria, com investimento total que varia entre R$ 90 mil e R$ 270 mil. Segundo Conceição Cunha, diretora da Havanna no Brasil, o perfil de franqueado ideal traçado pela pesquisa e buscado pela empresa para a abertura das franquias irá corrigir possíveis desvios de rota que o plano de expansão possa sofrer nos próximos anos. "Queremos um franqueado regional, alguém que entenda a região onde atua e tenha musculatura para, quem sabe, administrar mais de um quiosque ou cafeteria em uma mesma cidade", detalha a executiva. "É um modelo que a empresa escolheu na Argentina e tem dado bons resultados", completa. Em seu País de origem, a Havanna opera cerca de 100 franquias de um total de 200 lojas que levam a marca. Na primeira fase do plano de expansão, a empresa espera instalar franquias no interior de São Paulo, em cidades como Sorocaba, Ribeirão Preto e Campinas, além de Santos, município do litoral sul do estado. Na próxima semana, serão inauguradas cinco unidades no Rio de Janeiro: dois quiosques nos aeroporto do Galeão; um no Santos Dumont; um no Barra Shopping e outro na Tijuca. Depois, a empresa irá focar em pedidos de franquia em Curitiba, Brasília e Minas. A executiva afirma que a quantidade de franquias inauguradas no período de cinco anos possa variar em função das condições do mercado, embora fala uma projeção positiva para os próximos anos com base no número de pedidos de franquia recebidos. "Acumulamos desde 2006 cerca de 3000 pedidos. Só no último mês, foram 250. A pesar do cenário econômico, vemos o investidor interessado no nosso negócio por conta da força da marca e o retorno do investimento que traçamos ao franqueado", conta. Estrutura. A Havanna pretende executar seu plano de expansão utilizando a mesma estrutura que compõe a cadeia de fornecimento da empresa atualmente no País. Hoje, alfajores e doces de leite são produzidos na Argentina, na cidade de Mar del Plata, e chegam ao Brasil em caminhões refrigerados. Parceiros nacionais são responsáveis pela produção de itens considerados pela empresa como "sazonais", como é o caso dos panetones e ovos de páscoa, além do café que é servido no mercado brasileiro. Quem comanda os processos de importação continua sendo a empresa Bright Star Foods, localizada em São Paulo. ***Veja outras opções de franquias no segmento de doces e cafés: CACAU SHOW Investimento total:R$ 90 mil a R$ 120 mil Taxa de franquia:R$ 30 mil Capital para instalação: R$ 60 mil a R$ 90 mil Faturamento médio mensal: R$ 60 milFRAN´S CAFÉ Investimento total: R$ 180 mil a 360 mil (incluida taxa de franquia) Taxa de franquia: R$ 54,9 mil Faturamento médio mensal: R$ 80 milGRÃO ESPRESSO Investimento total: R$ 155 mil a R$ 245 mil Taxa de franquia: R$ 30 mil Capital para instalação: R$ 110 mil a R$ 200 mil Faturamento médio mensal: R$ 40 milREI DO MATE Investimento total: R$ 250 mil a R$400 mil Taxa de franquia: R$ 25 mil a R$ 29,5 mil Capital para instalação: R$ 210 mil a R$ 350,5 Faturamento médio mensal: R$ 60 milAMOR AOS PEDAÇOS Investimento total: R$ 466 mil Taxa de franquia: R$ 60 mil Capital para instalação: R$ 346 mil Faturamento médio mensal: R$ 90 milCAFÉ DO PONTO Investimento inicial: R$ 200 mil Taxa de franquia: R$ 40 mil Capital para instalação: R$ 160 mil Faturamento médio mensal: R$ 60 mil *com informações da Associação Brasileira de Franchising (ABF)
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