Plataforma permite criar aplicativos para celulares e tablets em 10 minutos

Jovens injetaram R$ 100 mil no desenvolvimento de ferramenta para que qualquer pessoa crie um programa

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Atualização:

Motivada pelo consumo nacional de smartphones, que em 2012 deve alcançar 15,4 milhões de unidades comercializadas, segundo estimativa da consultoria IDC, uma dupla de empresárias lança hoje, em São Paulo, uma plataforma para construção de sites e aplicativos para dispositivos móveis.

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A proposta das empreendedoras é que, mesmo sem nenhuma experiência em tecnologia, qualquer usuário consiga construir e colocar no ar seu próprio aplicativo em até 10 minutos.

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Neste primeiro momento, a MimpIt, nome dado à ferramenta, tem como foco o consumidor final. Os recursos agregados ainda são básicos. E quem experimentar a tecnologia vai conseguir, no máximo, colocar no ar um blog para a visualização em celulares e tablets, além de preparar um App para acompanhar o desempenho de seu time de futebol em um determinado campeonato.

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Em dois ou três meses, Tahiana D'Egmont e Mayara Campos, sócias que investiram R$ 100 mil na ideia e esperam faturar cerca de R$ 1 milhão em 12 meses, prometem uma nova versão que propicie voos mais ambiciosos à plataforma.

Com foco em pequenos e médios negócios, a startup trará recursos que vão de um sistema de agendamento de mesas e consultas para restaurantes ou consultórios médicos até um mural virtual para que o cliente de uma academia possa deixar sua opinião sobre o atendimento.

Escala.“A gente quer pular a figura do programador e do designer na elaboração de aplicativos mais simples, sistemas que hoje em dia custam a partir de R$ 20 mil no mercado”, conta Tahiana D'Egmont, que a despeito de seus 26 anos (sua sócia tem 24) já acumula um currículo extenso no segmento de tecnologia.

A empresária conduziu por um ano o marketing da Vostu – gigante produtora de jogos em mídia sociais – e foi uma das fundadoras da Mentez, responsável pelo game Colheita Feliz que, em 2009, alcançou 28 milhões de usuários no Orkut, cinco meses após o lançamento.

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Para a nova empreitada, as sócias vão atrás da atração de usuários em escala. Isso porque o formato de capitalização idealizado para a MimpIt segue o já tradicional modelo de assinaturas gratuitas, viabilizado por meio de venda de espaços publicitários nas páginas dos aplicativos, associado ao pacote premium, que abole a propaganda, mas requer do usuário o desembolso de uma mensalidade.

“Na primeira opção, o cliente não paga nada para criar seu sistema, mas tem a exibição de anúncios, que serão comercializados pela Mimplt. Na segunda opção, por uma taxa mensal de R$ 9,90, os anúncios podem ser removidos”, explica Mayara.

A versão corporativa, que ainda será lançada, apenas contempla pacotes de assinaturas, que vão custar a partir de R$ 36.

Ponto sensível. As sócias, aliás, apostam quase todas as fichas no modelo corporativo, que ainda vem por aí. Uma estratégia que, segundo Danilo Leão, empreendedor serial e conselheiro de startups pela Realise Ventures, apesar de interessante, vai exigir disposição da dupla.

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“Eu acho que existe oportunidade nesse segmento (de ferramentas para aplicativos) e a tentativa das empresárias é bastante válida. Mas elas vão precisar de disposição para aprimorar a ideia, coisa que é inerente ao trabalho de criação. Isso pode significar energia e também pode significar dinheiro, novos aportes, daqui para a frente”, destaca.

Para Leão, o ponto sensível do negócio está na venda dos anúncios, que deve impactar na receita nos primeiros meses.

“Elas precisam se associar a algum grupo de comunicação. Uma agência ou mesmo um veículo que disponha do know how na venda de publicidade. Em modelos comerciais semelhantes na internet, apenas 10% dos usuários optam por pagar a assinatura”, afirma.

 
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