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Aliados na Câmara dizem a Dilma que ela ainda não tem maioria para aprovar CPMF

Em encontro com a presidente no Palácio do Planalto, líderes voltam a demonstrar insatisfação com direcionamento das emendas parlamentares a obras do PAC

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BRASÍLIA - Em reunião no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira, 17, líderes da base aliada na Câmara disseram à presidente Dilma Rousseff que ela não tem hoje os 308 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição que recria a CPMF.

No encontro, os líderes voltaram a demonstrar insatisfação com o direcionamento das emendas parlamentares a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A expectativa dos governistas é que Dilma recue nesse ponto. "Ela sinalizou que entende essa questão, mas não deu resposta definitiva", disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). Espera-se que a questão seja tratada na próxima segunda-feira, 21, em reunião com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que esta semana passou a cuidar da articulação política do governo.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani Foto: Gustavo Lima/ Ag. Câmara

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Segundo o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), a presidente estava serena e passou a conduzir pessoalmente a relação política com o Congresso. O parlamentar disse que a presidente garantiu que passaria a ter muito mais contato com as bancadas na tentativa de reestruturar a base e garantir a aprovação das medidas do ajuste fiscal. "Ao querer receber de forma mais direta o termômetro da Casa, ela está mais disposta a dialogar", disse Rosso.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que a presidente não abordou com os líderes a reforma ministerial, prevista para ser anunciada até a próxima quarta-feira, 23. Guimarães também disse que não se tratou do movimento pró impeachment conduzido pela oposição. "Não estou preocupado com esta agenda dos conspiradores", disse o deputado.

A presidente também demonstrou aos líderes da base preocupação com a análise dos vetos, que deve ocorrer em sessão do Congresso marcada para a próxima semana. Os líderes cobraram do governo que divulgue o impacto financeiro da eventual derrubada dos vetos para que eles apresentem os dados às suas bancadas.

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