O projeto de lei que estabelece a adoção de testes toxicológicos para policiais civis, militares e bombeiros foi aprovado por unanimidade na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O governador Anthony Garotinho (PSB) tem agora prazo de 15 dias para decidir se sanciona ou não a proposta dos deputados. A expectativa é que ele a aprove, uma vez que o secretário da Segurança Pública, coronel Josias Quintal, já se mostrou favorável à idéia. "Com freqüência identificamos policiais dependentes químicos. O teste deveria existir também para quem já está nos quadros da polícia", defendeu o secretário, no dia 16. Segundo ele, a implantação dos exames esbarra apenas nos custos. "Um exame para identificar uso de drogas pela análise de fios de cabelo custa entre R$ 700 e R$ 800 cada. Numa polícia com 50 mil homens, fica muito caro", afirmou. Na ocasião, ele disse que o teste não deve ser obrigatório e defendeu a expulsão de policiais flagrados usando drogas. De autoria do deputado Wolney Trindade (PMDB), o projeto obriga a realização dos exames no momento da admissão, do concurso, dos cursos e da promoção de policiais e bombeiros. "As drogas levam à perda do controle, o que é terrível para quem vive em constante estado de alerta, tensão, e, acima de tudo, empunhando uma arma. No caso dos bombeiros, constantemente envolvidos com o salvamento de vidas, o equilíbrio emocional deve ser mantido acima de tudo", disse o deputado. Sem apresentar estatísticas, ele afirmou que o número de policiais e bombeiros dependentes de drogas tem aumentado nos últimos anos. Bancos Também foi aprovado, neste caso em primeira discussão, o projeto de lei que impõe às instituições financeiras o pagamento de indenização às vítimas e seus dependentes por danos morais ou físicos sofridos durante assaltos a bancos. "Vale lembrar que as instituições financeiras desempenham atividade que, embora extremamente lucrativa, possui latente periculosidade, gerando a necessidade de arcarem com o ônus, e não apenas com o bônus, do exercício de sua atividade", disse a deputada Alice Tamborindeguy (PSDB).