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Deltan da Lava Jato vê 'gravíssima denúncia' sobre interferência de Bolsonaro em investigações

"O combate à corrupção exige investigações técnicas, que possam ser conduzidas sem pressões externas", afirma o coordenador da Operação Lava Jato, em reação às declarações do ex-ministro Sérgio Moro

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Foto do author Luiz Vassallo
Foto do author Fausto Macedo
Por Luiz Vassallo, Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Paulo Roberto Netto
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O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirma ser 'gravíssima a denúncia de tentativa de escolha' pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, 'de dirigentes da Polícia para interferir em investigações e ter acesso a informações sigilosas'. "O combate à corrupção exige investigações técnicas, que possam ser conduzidas sem pressões externas".

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"A escolha de dirigentes da PF deve ser voltada para fortalecer o combate à corrupção, ao crime organizado e a outros crimes. A seleção guiada por interesses pessoais e político-partidários coloca em risco o combate à corrupção no Brasil", afirma Deltan.

Para Deltan, em sua visão, a 'denúncia pública feita hoje pelo Ministro da Justiça reflete a seriedade com que conduziu seus trabalhos e seu compromisso com a sociedade e o interesse público'. "O avanço do trabalho contra a corrupção no Brasil requer que as investigações, especialmente aquelas contra poderosos, sejam protegidas de ingerências políticas".

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