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Dia Internacional das Mulheres: a ausência de democracia que as afeta ao redor do mundo

Por Rhuan Fellipe Cardoso da Silva
Atualização:
Rhuan Fellipe Cardoso da Silva. Foto: Arquivo pessoal

Quando o assunto se trata de Democracia, logo vem à mente um regime político em que todos os cidadãos na plenitude dos seus direitos políticos participam igualmente e diretamente ou através de representantes eleitos nas ações do Estado referente a vida dos cidadãos; entretanto quando se traz a discussão para a prática da Democracia no mundo, percebe-se uma certa insegurança da sua aplicabilidade quando o assunto são as mulheres.

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Existem relatos consistentes que demonstram que a falta da Democracia em países como a China, por exemplo, afetam as mulheres de forma significativa em seus direitos sociais, como o voto, direitos militares, empregos, demonstrando assim que o regime comunista e o real cerceamento das liberdades individuais e coletivas de fato podem fazer uma sociedade regredir e muito no campo social, econômico e político.

Outros grandes exemplos dessa represália mediante a ausência de Democracia é a população da Coréia do Norte, aqui percebe-se mais ainda como o socialismo no caso da Coreia pode de fato arruinar o conceito de sociedade, sendo notória a diferença para a Coreia do Sul, por exemplo, que hoje ocupa o 10º entre os países com maior poder econômico do mundo e o 4º na Ásia em dados recentes.

O cerceamento de direitos e liberdade na Coréia do Norte é inacreditável quando se entende que práticas como a de existir uma mesa de jantar separada para os homens e para as mulheres durante as refeições, de muitas mulheres tentarem escapar da Coreia do Norte, fugindo da falta de alimentos e da falta de direitos humanos básicos, assim como a discriminação de gênero que enfrentam. Mais de 70% dos refugiados norte-coreanos na China são mulheres.

Mulheres e meninas norte-coreanas são vítimas de tráfico enquanto tentam fugir para a China e são vendidas em casamentos para homens chineses ou de fato forçadas a se prostituírem. Em relatório recente da Korea Future Initiative, um lucro anual estimado em 105 milhões de dólares é obtido através da exploração de mulheres e meninas norte-coreanas dessa maneira.

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Em se tratando da China, por muitos anos foi imposta a política do filho único, na qual cada casal podia ter apenas um filho. Historicamente existem relatos de infanticídio feminino desde o Período Imperial da China em meados do século III, no século XVIII, e esses dados dados indicam que de 10 a 25% de crianças do sexo feminino eram mortas logo após o nascimento.

É notória as discriminações dos recém nascidos de sexo feminino, uma vez que essa ação era incentivada pelo governo, nascidos do sexo feminino eram mortos, não registradas ou abandonadas em mercados e praças. Em meados dos anos 80, com o avanço da tecnologia, o ultrassom possibilitou saber o sexo do bebê antes do nascimento. Este fato provocou um desequilíbrio ainda maior na proporção de sexo na China, aumentando significantemente a razão sexual de meninos recém nascidos em relação as meninas.

Ocorreu uma mudança no compartimento dos casais desde a implantação da medida Wan Xi Shao (Mais Tarde, Mais Tempo e em Menor Número). Nos dias atuais, a China sofre com um desequilíbrio sexual em sua população devido política do filho único e o fenômeno do aborto seletivo pós 1980.

Por fim, observa-se através dessa ótica que sem liberdades sociais e individuais e a ausência da Democracia são devastadoras para um povo, e em se tratando de mulheres, neste Dia Internacional da Mulher o Democracia Sem Fronteiras Brasil (DSF Brasil), vem primeiro parabenizar todas as mulheres brasileiras e do mundo.

Além disso, destacamos que somos um movimento a favor da Democracia e da Liberdade, e por entendermos a importância desses pilares estamos aqui demonstrando a necessidade de se combater regimes totalitários e anti-democráticos, uma vez em que é inadmissível que mulheres e homens pelo mundo continuem sofrendo amargamente com as ações de países antidemocráticos.

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*Rhuan Fellipe Cardoso da Silva, advogado, pós-graduando em Direito Internacional e porta-voz do movimento Democracia Sem Fronteiras

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