Nos últimos anos, uma onda de fenômenos naturais nocivos ao meio ambiente vem se intensificando: aumento da desertificação, queimadas, enchentes, calor extremo, entre outros. São eventos catastróficos que afetam diretamente a fauna, a flora e os humanos e vão se transformando em desafios cada vez mais significativos a história da humanidade, ao ponto de se tonar uma preocupação mundial dos governos, órgãos internacionais e nos mais diversos segmentos promotores de estudos e pesquisas.
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Todos os anos a Organização das Nações Unidas realiza a Conferência das Partes (COP) para tratar especificamente das questões que envolvem os impactos ambientais. A primeira foi realizada em 1995, em Berlim, na Alemanha. De lá pra cá, já se foram 27 edições desse evento. A próxima será no final deste mês e ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes e, em 2025, será a nossa vez de sediar mais uma edição, a COP 30, a ser realizada em Belém, no Pará.
Sempre no decorrer de cada Conferência das Partes são construídas diversas propostas pelos participantes e, ao final, são elaborados e votados documentos que servem de orientação para as ações dos membros participantes em busca de soluções para os problemas ambientais que produzem impactos diretos no meio ambiente e contribuem para as mudanças climáticas.
Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, 2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, resultado do aumento dos gases do efeito estufa e do El Niño. As principais causas desse fenômeno são a queima de combustíveis fósseis, desmatamento, agricultura intensiva e atividades industriais.
Neste ano, o Brasil experimentou uma onda de calor intensa. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro registraram temperaturas recordes, afetando a saúde pública, a agricultura e o fornecimento de água. Enquanto no sul do país, ciclones trouxeram desafios adicionais para a prevenção de catástrofes ambientais. E na Amazônia? Quem diria? Períodos de estiagem prolongas provocaram a seca de grandes extensões de seus rios.
Mais que prevenir, uma solução precisa ser encontrada. Um novo modo de vida baseado na mudança de hábitos e atitudes devem ser estudados e colocados em prática. Para tanto, a Educação Ambiental para as mudanças climáticas tem papel importante nessa transformação. Ela deve estar presente nos currículos educacionais em todos os níveis da educação formal e informal. Mais que isso, urge a necessidade de criação e implementação de políticas públicas de Educação Ambiental.
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Assim sendo, é necessário também que a sociedade atente para os problemas ambientais que o mundo todo vem enfrentado como resultados de combinações catastróficas da expansão capitalista, de forma agressiva e violenta, que se materializa pela exploração, contaminação e destruição que levam a transformações deploráveis no meio ambiente. Não dá pra esperar a COP 30 para que as ações sejam implementadas. O momento é agora!
Ademais, é importante refletir também sobre os aspectos elementares da formação de cidadãos e cidadãs protagonistas de práticas ambientais ecologicamente sustentáveis, compreendendo que a destruição ambiental não é apenas um problema ecológico que ocorre naturalmente com o passar dos séculos, mas também como um problema político e depende exclusivamente da mudança de atitude de todos. Somente assim podemos garantir um futuro sustentável para as gerações futuras e preservar o nosso planeta.
*Antonio Marcos Pantoja é mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Governo, Estado e Políticas Públicas pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO Brasil). É especialista em Educação do Campo, Desenvolvimento e Sustentabilidade pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
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