Podemos traçar um paralelo a partir do raciocínio desse meme e comparar, no mundo corporativo, suposições vs KPIs. De um lado, existem achismos fundamentados em percepções e do outro, uma ferramenta que apresenta para as empresas dados com a situação real de negócio.
No mundo digital, companhias que dispõem de KPIs assertivos e claros têm um diferencial competitivo em face do mercado. Isso porque, com os dados em mãos, é possível analisar e identificar os pontos de melhoria e definir as estratégias.
Mas, afinal, o que são os Key Performance Indicators (KPIs)? Os Indicadores-Chave de Desempenho são métricas importantes para todo o processo de gestão da empresa, pois permitem que as tomadas de decisão de todos os setores sejam feitas com base nos dados apresentados e não em suposições. Na área de compras, algumas das métricas que devem ser analisadas para contribuir com o crescimento do negócio são: tempo de aquisição, custos, qualidade, satisfação do cliente e nível de produtividade.
O primeiro KPI importante para os compradores é o saving, essencial para a área financeira, que analisa a economia conquistada nas aquisições. Isso significa o custo evitado ao fechar uma compra com valor menor ao orçado. Essa é uma forma de analisar o desempenho da equipe nas negociações com fornecedores, com a finalidade de reduzir gastos e gerar lucros.
O segundo indicador é o nível das entregas, que identifica as taxas de devolução em relação ao número total de produtos adquiridos. Assim, é possível observar a porcentagem de mercadorias com defeito.
Já o lead time, terceiro KPI utilizado na área de compras, permite avaliar a duração de cada etapa da compra, como busca, seleção de fornecedores, análises de cotações e entrega do produto ao consumidor, propondo os ajustes necessários para os melhores resultados da companhia.
O quarto indicador é a evolução do preço, que analisa a oscilação dos valores em um determinado período, durante todo o processo de compras. A produtividade é o quinto KPI, que auxilia o setor na identificação dos ajustes para a redução da carga operacional dos compradores.
O sexto indicador, por sua vez, é a satisfação do cliente e pode ser medido por meio de uma pesquisa periódica de satisfação. Por fim, o último indicador analisa o custo de suprimentos, sendo responsável por comparar o volume de compras e vendas para apontar o percentual dos custos dos itens em relação às suas vendas.
Com tantas métricas e dados, a tecnologia é indispensável para não deixar nenhuma informação do negócio para trás. Por isso, usar soluções e ferramentas específicas são uma chave indispensável para as áreas de compras.
*Diogo Morgado, Product Manager do Mercado Eletrônico