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Funcionário do Ministério da Agricultura cobrou R$ 300 mil para abrir abatedouro de cavalo, diz PF

Empresários teriam negociado propinas com agente público para abrir o estabelecimento, segundo a denúncia do Ministério Público Federal

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Foto do author Julia Affonso
Por Luiz Vassallo, Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

 Foto: Dida Sampaio/Estadão

O delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo, que comanda a Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira, 17, revelou que um servidor ligado ao Ministério da Agricultura Fábio Zanon Simão negociou propinas de R$ 300 mil para abrir um abatedouro de cavalos.

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"Pelo contexto das ligações, era algo inédito", relatou o delegado.

"Ele cobrou R$300 mil para ter autorização em alto grau do Ministério para solicitar a abertura do abatedouro de cavalos", afirmou Moscardi.

Na decisão do Juiz Marcos Josegrei da Silva, que autorizou as prisões nesta sexta-feira, 17, consta que Nilson Umberto Sachelli Ribeiro e seu pai Nilson Alves Ribeiro, donos do Frigobeto Frigoríficos e Comércio de Alimentos Ltda, negociaram propina com o então chefe da Assessoria Parlamentar do Ministério da Agricultura Fábio Zanon Simão para abrir o abatedouro. Todos foram presos preventivamente na Operação Carne Fraca.

"Outras ligações entre pai e filho cujo objeto era a negociata da propina a ser paga para a liberação do abate de cavalos, cujas carnes estavam já congeladas, ambos conversam e definem que o envio dos valores seria feito por meio de uma transferência da Europa, parceladamente", afirma o juiz.

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A reportagem tentou contato com Nilson Umberto Sachelli, Nilson Alves Ribeiro, a empresa Frigobeto Frigoríficos e Comércio de Alimentos Ltda, e Fábio Zanon Simão, mas não obteve resposta.

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