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Intraempreendedorismo: incentivar talentos gera inovação

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Por Caroline de Lima Santos
Atualização:
Caroline de Lima Santos. FOTO: DIVULGAÇÃO  

Profissionais que não encontram um ambiente propício para alavancar suas ideias ou não se identificam com os propósitos das empresas em que atuam acabam se encorajando a criar o seu próprio negócio. No primeiro semestre de 2020, o número de microempreendedores individuais (MEI) no país cresceu 10,2%, chegando a 10,3 milhões de registros. O número de startups também passou de 4.151 em 2015 para 13.479 neste ano, de acordo com a ABStartups (Associação Brasileira de Startups).

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Você já imaginou que um desses potenciais empreendedores poderia estar dentro da sua empresa?

Para se manterem inovadoras, muitas vezes as companhias acabam buscando parcerias fora da sua organização, mas a resposta a uma demanda crescente por inovação pode estar na cultura do intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo. Esse novo cenário é provocado tanto pelo avanço da tecnologia, em que negócios inteiros desaparecem da noite para o dia, quanto pela mudança de comportamento da sociedade e da nova geração de profissionais.

O incentivo ao intraempreendedorismo, que nada mais é do que a possibilidade de ter um colaborador empreendedor dentro de uma empresa, é uma forma de investir no estímulo a novas ideias para gerar inovação, criar modelos de negócios e responder rapidamente à velocidade dessas mudanças. É também a resposta aos anseios da nova geração de profissionais, que pensa muito mais no impacto de suas ações e no propósito das empresas do que em estabilidade profissional.

Para iniciar esse trabalho dentro de uma organização é necessário criar um ambiente em que o colaborador se sinta à vontade para expor suas ideias e oferecer treinamentos para que eles transformem essas ideias em novos negócios lucrativos. Então, não basta identificar profissionais com este perfil dentro da organização, é preciso ter um propósito bem definido, oferecer recursos financeiros, um ambiente de incentivo à inovação, fluxo livre de comunicação e interação com as lideranças. Além de, é claro, disposição para se colocar à prova como startups, correndo o risco de errar e retomar o percurso.

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Trago aqui, como exemplo, o Programa Empreendedorismo na Prática da BASF, um projeto realizado em parceria com o Centro de Intraempreendedorismo da Fundação Dom Cabral, que tem como objetivo inspirar e capacitar colaboradores a empreender e co-criar soluções para os desafios da sociedade, tendo como base os valores da companhia que englobam criatividade, abertura, responsabilidade e empreendedorismo.

O projeto atua como um impulso para transformar problemas sociais e ambientais em oportunidades de negócios. O programa, que está no seu segundo ano, identifica e mobiliza os colaboradores a partir da indicação de líderes e da participação em iniciativas de empreendedorismo na empresa. Neste ano, quase 300 pessoas participaram da primeira fase, que envolveu, além dos colaboradores da própria BASF, profissionais de empresas que fazem parte do nosso ecossistema.

Ao longo do processo são oferecidos treinamentos e mentorias com especialistas que contribuem para que os participantes desenvolvam suas capacidades de empreender, estruturar e acelerar projetos e aumentam seu networking dentro e fora da empresa.

Provocar essa motivação entre os colaboradores é um dos caminhos para as empresas se manterem inovadoras e relevantes no mercado. Elas precisam apenas entender o ponto em comum entre seus negócios e os desafios da sociedade, e dar oportunidade para essa geração empreendedora desenvolver seu potencial.

*Caroline Lima dos Santos é gerente de Sustentabilidade da BASF para a América do Sul

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