A Justiça do Paraná revogou a autorização dada ao agente penitenciário federal Jorge Guaranho, para cumprir prisão preventiva em casa, e determinou que ele passe para o regime fechado. Guaranho responde pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, que aconteceu no dia 9 de julho em Foz do Iguaçu (PR).
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Leia toda a decisãoGuaranho foi transferido às 18h30 desta sexta-feira, 12, ao Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, havia autorizado o regime domiciliar depois que o Departamento de Polícia Penal Paraná informou que não teria estrutura para garantir a segurança de Guaranho e de prestar os cuidados necessários a ele no sistema penitenciário. O agente penal recebeu alta do hospital neste semana, onde passou mais de um mês internado, e se recupera agora dos chutes que recebeu de familiares e amigos da vítima após o crime.
Em menos de dois dias, a Secretaria de Segurança do Estado enviou um novo posicionamento à Justiça, afirmando que tem "plenas condições estruturais e humanas" de cumprir a ordem judicial. Em nota enviada ao blog, a pasta informou que o Complexo Médico Penal, para onde Guaranho foi transferido, passava por um "processo de reestruturação física e contratação de pessoal", o que "impossibilitou a transferência" em um primeiro momento.
A mudança de posicionamento ocorreu após o Ministério Público do Estado pedir urgência na prisão de Guaranho a acusar o governo de "descaso".
Procurada pela reportagem, a defesa de Jorge Guaranho disse que irá se manifestar apenas quando tiver conhecimento das reais condições do CMP e não irá questionar a decisão da Justiça.
O advogado Ian Martin Vargas, que representa a família de Marcelo Arruda, diz que a prisão domiciliar era uma "afronta à Justiça, uma vez que o réu cometeu um crime hediondo por intolerância política".
O crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos do petista. Guaranho invadiu a celebração temática do PT e matou Arruda a tiros na frente de familiares e convidados. A Justiça autorizou a denúncia do Ministério Público do Paraná e ele vai a julgamento por homicídio duplamente qualificado.
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