Na decisão que decretou a prisão de Fabrício Queiroz, o juiz Flávio Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, destacou o suposto envolvimento do ex-assessor parlamentar do senadorFlávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) com milicianos do Rio de Janeiro, incluindo o capitão Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro e apontado como líder do chamado 'Escritório do Crime'.
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LEIA A ÍNTEGRA DA DECISÃODois aspectos da relação de Queiroz com os grupos paramilitares foram apontados. O primeiro é econômico, em razão de um suposto enriquecimento associado à milícia carioca. O segundo é político e foi levantado a partir de suposta 'influência' exercida pelo ex-assessor entre os grupos de milicianos.
Enriquecimento. O juiz Flávio Nicolau cita informações obtidas pelo Ministério Público do Rio, responsável pelas investigações, que apontam que Adriano da Nóbrega teria repassado mais de R$400 mil para as contas de Queiroz.
No caso da rachadinha, Adriano está ligado a Flávio por meio da mãe, Raimunda Veras Magalhães, e da ex-mulher, Danielle da Nóbrega. As duas também eram funcionárias do gabinete do então deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) embora, segundo dados de geolocalização obtidos pelos investigadores a partir do rastreio do celular Raimunda, ela jamais tenha aparecido nas cercanias da Alerj no período em que deveria exercer a função pública.