
Documento
TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS - PARTE 1Documento
TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS - PARTE 2Documento
TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS - PARTE 3Documento
TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS - PARTE 4OUÇA:
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/133-audio3
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-entre-lula-e-dilma-rousseff
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio1
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-2
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-3
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-4
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio5
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio6
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/109-audio7
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/109-audio8
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/109-audio9
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-10
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-11
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-12
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-13
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-14
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-15
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-16
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-17
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio18
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-19
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio20
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio21
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio22
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio23
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio25
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio26
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio27
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio28
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio29
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio-30
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/audio32
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio33
https://soundcloud.com/julia-affonso-2/111-audio34
COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA:
"Nota à sociedade
Tomamos conhecimento na data de ontem (16/3/2016) de que o Juiz Federal Sérgio Moro, acolhendo pedido de Procuradores da República da Força Tarefa Lava Jato, autorizou nos autos do Processo n.º 98.2016.4.04.7000/PR, a realização de interceptação do telefone celular do advogado Roberto Teixeira.
O advogado Roberto Teixeira funciona naquele processo e em outros procedimentos a ele relacionados como advogado do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato público e notório e comprovado por meio de procuração juntada aos autos e pelo acompanhamento pessoal de atos processuais. Isso significa que a intenção do juiz e dos membros do Ministério Público foi a de monitorar os atos e a estratégia de defesa do ex-Presidente, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa e, ainda, clara afronta à inviolabilidade telefônica garantia pelo artigo 7.º, inciso II, do Estatuto do Advogado (Lei n.º 8.906/1994).
Cite-se, como exemplo disso, a conversa telefônica mantida entre o advogado Roberto Teixeira e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no momento em que este último foi surpreendido, no dia 4/3/2016, pela arbitrária condução coercitiva determinada pelo próprio Juiz Federal Sérgio Moro. Toda a conversa mantida entre advogado e cliente e a estratégia de defesa transmitida naquela oportunidade estava sendo monitorada e acompanhada por Moro e pela Polícia Federal, responsável pela condução do depoimento.
A justificativa do juiz Moro lançada no processo para grampear o advogado foi a seguinte: "O advogado Roberto Teixeira, pessoa notoriamente próxima a Luis (sic) Inácio Lula da Silva, representou Jonas Suassuna e Fernando Bittar na aquisição do sítio de Atibaia, inclusive minutando as escrituras e recolhendo as assinaturas no escritório de advocacia dele". Essa afirmação é a maior prova de que Roberto Teixeira foi interceptado por exercer atos privativos da advocacia - o assessoramento jurídico de clientes na aquisição de propriedade imobiliária - e não pela suspeita da prática de qualquer crime.
Moro foi além. Afora esse grampo ostensivo no celular de Roberto Teixeira, também foi determinada a interceptação do telefone central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, gravando conversas dos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins e de outros membros que igualmente participam da defesa do ex-Presidente Lula e de seus familiares - inclusive no processo sob a presidência do Juiz Moro. O grampo do telefone central do escritório foi feito de forma dissimulada, pois o juiz incluiu o número correspondente no rol de telefones que supostamente seriam da empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda., que tem como acionista o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A estratégia do juiz Sérgio Moro e dos membros da Força Tarefa Lava Jato resultou no monitoramento telefônico ilegal de 25 advogados que integram o escritório Teixeira, Martins & Advogados, fato sucedido com a também ilegal divulgação das conversas gravadas nos autos do processo, juntamente com a divulgação de outras interceptações ilegais.
Não é a primeira vez que o Juiz Moro protagoniza um ato de arbitrariedade contra advogados constituídos para assistir partes de processos por ele presididos. Por exemplo, no julgamento do HC 95.518/PR, pelo Supremo Tribunal Federal, há registros de que o juiz Moro monitorou ilegalmente advogados e por isso foi seriamente advertido pelos Ministros daquela Corte em 28.05.2013.
O Juiz Sérgio Moro se utiliza do Direito penal do inimigo, privando a parte do "fair trail", ou seja, do julgamento justo. Não existe a imprescindível equidistância das partes e tampouco o respeito à defesa e ao trabalho dos advogados.
Atenta contra o devido processo legal e a todas as garantias a ele inerentes o fato de Moro haver se tornado juiz de um só caso, conforme resoluções emitidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região e atuar com pretensa jurisdição universal, atropelando até mesmo o sagrado direito de defesa.
Além das medidas correcionais e judiciais cabíveis, o assunto será levado à Ordem dos Advogados do Brasil para que, na condição de representante da sociedade civil, possa também intervir e se posicionar em relação a esse grave atentado ao Estado Democrático de Direito.
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins"