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O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril a pedido da Procuradoria-Geral da República depois que manifestações defendendo a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacando instituições democráticas marcaram as comemorações pelo Dia do Exército em diferentes cidades do País. A realização de atos simultâneos, com carros de som e peças de propaganda 'profissionais', nas palavras da Procuradoria, ensejaram a apuração sobre a organização, divulgação e o financiamento desses eventos.
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LEIA A ÍNTEGRA DO INQUÉRITOAlém dos protestos físicos, o suposto lucro obtido por blogueiros, influenciadores e youtubers de direita com a transmissão ao vivo dos protestos chamou atenção do Ministério Público Federal (MPF). A suspeita é que parlamentares, empresários e donos de sites bolsonaristas atuem em conjunto em um 'negócio lucrativo' de divulgação de manifestações contra a democracia. Entre apoiadores do governo, o inquérito é visto como uma iniciativa para criminalizar a defesa ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a valores conservadores e de direita.
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Nos últimos oito meses, os delegados federais Igor Romário de Paula, Denisse Dias Rosas Ribeiro, Fábio Alceu Mertens e Daniel Daher, designados para conduzir as investigações, intimaram mais de 40 pessoas. São empresários declaradamente bolsonaristas, deputados da base de apoio do governo, membros do partido em gestação Aliança pelo Brasil, assessores da presidência, os filhos do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo e Carlos, e donos de páginas nas redes sociais idealizadas para defender ideais conservadores.
Os delegados federais também pediram ao senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, o compartilhamento de dados sigilosos obtidos pelo grupo de trabalho no Congresso.
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O ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), também autorizou a quebra de sigilo de investigados e expediu mandados de prisão temporária contra integrantes do grupo extremista '300 do Brasil' e de busca e apreensão cumpridos em junho na Operação Lume.
Entre relatórios elaborados pela Polícia Federal sobre o avanço das investigações, intimações e termos de depoimentos, mandados de busca e de prisão, despachos da Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, os autos da investigação já somam mais de mil páginas.
Veja como foi dividida a investigação:
1) Organizadores e movimentos: pessoas e coletivos conservadores que, segundo o Ministério Público Federal, expressaram apoio ou simpatia a manifestações contra a democracia.
2) Influenciadores e hashtags: rede supostamente articulada para propagar mensagens defendendo uma ruptura institucional, a exemplo dos hashtags #MaiaTemQueCair e #TodoPoderEmanaDoPovo ou de expressões como 'intervenção militar com Bolsonaro no poder' e 'STF inimigo do Brasil'.
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3) Monetização: influenciadores digitais e donos de páginas e canais favoráveis ao governo que converteriam audiência em dinheiro. Para isso, segundo apontou o Ministério Público Federal, investem na radicalização do discurso.
"Há uma escalada em que mensagens apelativas produzem propagação e dinheiro; e a busca por dinheiro gera a necessidade de renovação de bandeiras com grande apelo e propagação. Com o objetivo de lucrar, estes canais, que alcançam um universo de milhões de pessoas, potencializam ao máximo a retórica da distinção amigo-inimigo, dando impulso, assim, a insurgências que acabam efetivamente se materializando na vida real, e alimentando novamente toda a cadeia de mensagens e obtenção de recursos financeiros", diz um trecho do documento em que o MPF pediu quebras de sigilo de investigados.
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4) Conexão com parlamentares: políticos bolsonaristas foram chamados a prestar depoimentos por três razões principais, segundo os autos do processo: 1) manifestações nas redes sociais; 2) ligação com movimentos e influenciadores; 3) contratação de empresas de tecnologia envolvidas na investigação.
Saiba quem já foi ouvido ou intimado:
Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE CARLOS BOLSONAROEduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE EDUARDO BOLSONAROAlê Silva (PSL-MG), deputada federal (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE ALÊ SILVAAline Sleutjes (PSL-PR), deputada federal
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O DEPOIMENTO DE ALINE SLEUTJESAlexandre Frota (PSDB-SP), deputado federal (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE ALEXANDRE FROTABeatriz Kicis (PSL-DF), deputada federal
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O DEPOIMENTO DE BIA KICISCarla Zambelli (PSL-SP), deputada federal
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O DEPOIMENTO DE CARLA ZAMBELLICaroline de Toni (PSL-SC), deputada federal
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O DEPOIMENTO DE CAROLINE DE TONIDaniel Silveira (PSL-RJ), deputado federal
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O DEPOIMENTO DE DANIEL SILVEIRAGeneral Girão (PSL-RN), deputado federal (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DO GENERAL GIRÃOJunio do Amaral (PSL-MG), deputado federal
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O DEPOIMENTO DE JUNIO DO AMARALPaulo Eduardo Martins (PSC-PR), deputado federal
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O DEPOIMENTO DE PAULO MARTINSCarlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo
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O DEPOIMENTO DE SANTOS CRUZTércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE TÉRCIOJosé Matheus Sales Gomes, assessor especial da Presidência da República
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O DEPOIMENTO DE JOSÉ MATHEUSMauro Cesar Barbosa Cid, assessor especial da Presidência da República
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O DEPOIMENTO DE MAUROMateus Matos Diniz, assessor especial da Presidência da República
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O DEPOIMENTO DE MATEUSCarlos Eduardo Guimarães, assessor do deputado Eduardo Bolsonaro
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O DEPOIMENTO DE CARLOS EDUARDOEvandro de Araújo Paula, assessor da deputada Bia Kicis
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O DEPOIMENTO DE EVANDROPastor Romildo Ribeiro Soares, ou RR Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE RR SOARESOtavio Oscar Fakhoury, financista
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O DEPOIMENTO DE OTAVIO FAKHOURYLuís Felipe Belmonte dos Santos, vice-presidente do Aliança pelo Brasil (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE LUÍS FELIPE BELMONTELuiz Renato Durski Junior, empresário dono da rede de restaurantes Madero
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O DEPOIMENTO DE LUIZ RENATO DURSKISérgio Lima, publicitário
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O DEPOIMENTO DE SÉRGIO LIMABruno Ricardo Costa Ayres, empresário
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O DEPOIMENTO DE BRUNOWalter Luiz Bifulco Scigliano
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O DEPOIMENTO DE WALTERAllan dos Santos, do blog Terça Livre (leia detalhes do depoimento)
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O DEPOIMENTO DE ALLAN DOS SANTOSCleitomar Basso, funcionário do canal Foco do Brasil
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O DEPOIMENTO DE CLEITOMAREmerson Teixeira de Andrade, do canal Emerson Teixeira
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O DEPOIMENTO DE EMERSONOswaldo Eustaquio Filho, do canal Oswaldo Eustaquio
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O DEPOIMENTO DE OSWALDO ESTAQUIOSandra Mara Volf Pedro Eustáquio, mulher do blogueiro Oswaldo Eustáquio e ex-secretária nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
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O DEPOIMENTO DE SANDRAErnani Fernandes Barbosa Neto, do site Folha Política
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O DEPOIMENTO DE ERNANIThais Raposo do Amaral Pinto Chaves, do site Folha Política
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O PRIMEIRO DEPOIMENTO DE THAISDocumento
O SEGUNDO DEPOIMENTO DE THAISAnderson Azevedo Rossi, do canal Foco do Brasil
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O DEPOIMENTO DE ANDERSONCamila Abdo, do canal Direto aos Fatos e do site Crítica Nacional
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O DEPOIMENTO DE CAMILAFernando Lisboa, do Vlog do Lisboa
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O DEPOIMENTO DE FERNANDOMarcelo Frazão de Almeida, do canal Direita TV News
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O DEPOIMENTO DE MARCELOAdilson Nelson Dini, do canal Ravox Brasil
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O DEPOIMENTO DE ADILSONJosé Luiz Boni ou Roberto Boni, do canal Universo
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O DEPOIMENTO DE JOSÉ LUIZAlana de Oliveira Passos de Souza, deputada estadual no Rio
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O DEPOIMENTO DE ALANALeonardo Rodrigues de Barros Neto, ex-assessor de Alana
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O DEPOIMENTO DE LEONARDOAnderson Luis de Moraes, deputado estadual no Rio
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O DEPOIMENTO DE ANDERSONVanessa do Nascimento Navarro, assessora parlamentar de Anderson
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O DEPOIMENTO DE VANESSAAna Maria da Silva Glória, colaboradora do site Terça Livre
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O DEPOIMENTO DE ANA MARIARaul Nagel Etges, técnico de informática
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O DEPOIMENTO DE RAULJuliana Ginger Vieira Paulo Butzke, psicóloga
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LEIA O DEPOIMENTO DE JULIANASara Fernanda Giromini, do canal Sara Winter e do movimento '300 do Brasil'
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O TERMO D EDEPOIMENTO DE SARAAlberto Junio da Silva, administrador do canal O Giro de Notícias
Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal
José Guilherme Negrão Peixoto (PSL-SP), deputado federal
Otoni de Paula (PSC-RJ), deputado federal
Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
Valter César Silva Oliveira, do canal Nação Patriota
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