Após o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresente 'voluntariamente' à Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira, 6, a defesa dele entrou com mais um pedido de habeas corpus para evitar a prisão.
Lula passou a noite na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, acompanhando da família e de correligionários como a ex-presidente Dilma Rousseff e a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann. Também foram ao encontro dele em seu antigo reduto eleitoral os pré-candidatos Manuela D'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Seus advogados estudam apresentar o ex-presidente à PF em Curitiba, mas apostam na cartada decisiva perante o Supremo Tribunal de Justiça. De acordo com o corpo de advogados que representa o ex-presidente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) antecipou a possibilidade de execução da pena antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) publicar o acórdão do julgamento do habeas corpus.
A votação terminou nesta quinta-feira, 5, por 6 a 5, e negou a possibilidade de Lula continuar em liberdade ate o final do julgamento em última instância.
Ainda não se sabe quando o novo pedido de habeas corpus da defesa será julgado pelo STJ. Ainda ontem, um advogado de São Paulo pediu um outro HC ao STJ, que será analisado pelo ministro Felix Fischer, da Quinta Turma da Corte.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de reclusão na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá.
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