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Ministro do STJ põe em domiciliar com tornozeleira quatro investigados por desvios na Saúde no interior de São Paulo

Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, mandou soltar quatro investigados da Operação Contágio

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Foto do author Pepita Ortega
O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça. Foto: Lucas Pricken / STJ

O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, mandou soltar quatro investigados da Operação Contágio - apuração que mira supostos desvios de recursos da Saúde nos municípios paulistas de Hortolândia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, em contratos que somados superam R$ 100 milhões. O magistrado determinou que os acusados fiquem em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, até que o STJ analise um pedido de liberdade feito por um dos alvos do inquérito.

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As solturas foram determinadas após Sebastião Reis Júnior conceder liberdade a um dos investigados, Fabio Fortunato Nascimento Gama - apontado pela Polícia Federal como um dos verdadeiros gestores da empresa Associação Metropolitana de Gestão (AMG), contratada para a prestação de serviços na área da saúde pública, envolvendo inclusive o combate à pandemia da Covid-19. A defesa acionou o STJ alegando que a fase de instrução do processo foi encerrada, e assim não seria a prisão sem data para acabar não seria mais necessária.

Nas instâncias inferiores, a prisão do investigado foi fundamentada na possibilidade de alvo voltar a praticar suposta lavagem de dinheiro. Além disso, foi levado em consideração que o acusado ficou foragido desde a data em que foi decretada a preventiva, em 15 de novembro de 2021, até sua captura, em junho.

Ao avaliar o caso, o ministro do STJ entendeu que não há 'risco concreto' de reiteração delitiva, uma vez que a organização criminosa sob suspeita 'foi descoberta e desmantelada'. Sebastião também considerou que não há risco à instrução do processo, que já se encerrou. Anotou ainda que, quanto à questão da fuga, 'existem medidas cautelares capazes de evitar que ocorra novamente'.

Após a decisão, assinada no último dia 19, quatro outros alvos da Contágio requereram a extensão do despacho. Sebastião acolheu os pedidos de três investigados - Carlos Adriano Cides Pereira, Edilson Marciano dos Santos e Carlos Eduardo Bernardi - os colocando em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. A avaliação foi a de que as razões dos decretos de prisão são as mesmas e as 'condições pessoais' dos investigados 'são semelhantes'. A solicitação foi negada somente no caso de Wellington Pires da Silva.

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COM A PALAVRA, OS ADVOGADOS DANIEL BIALSKI, LUÍS FELIPE D'ALÓIA E GUSTAVO ÁLVARES CRUZ, QUE DEFENDEM O INVESTIGADO

"A prisão preventiva não era mais necessária neste momento, podendo ser substituída por medidas alternativas, como bem decidido pelo Superior Tribunal de Justiça. Nosso cliente não representa qualquer risco à sociedade ou ao processo em si, podendo permanecer em liberdade e contribuir até o desfecho do caso".

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