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As trevas pandêmicas aceleraram o Movimento Luminoso em favor das Ciências, dos Avanços Sociais e das Inovações Tecnológicas. Essa Onda, cada vez mais veloz, está transformando os rumos do mundo, bem como de suas estruturas sociais e produtivas, na medida em que os dados individuais e coletivos alimentam as inovações, conectando-as tanto com a vida pessoal como com a organização de toda a sociedade.
É assim que as fronteiras nacionais, tanto em sua relação com o trabalho, como com os estudos, têm moldado-se, cada vez mais, a padrões de proximidade e porosidade. Vale destacar, por exemplo, a possibilidade de frequentar cursos nas mais prestigiadas universidades do globo, sem sair de casa. No mesmo sentido, é possível, e mais frequente, o trabalho remoto em atividades situadas em outros países. Essa "globalização das pessoas", que franqueia o estudo e o trabalho, tem o potencial de estimular tanto o empreendedorismo nacional, como a adequação de nossos marcos institucionais às melhores práticas internacionais.
Vale mencionar que a cada vez mais fortes são as exigências resumidas no padrão ESG: Environmental (ambiental), Social e Governance. Desta feita, as pessoas, trabalhadores e estudantes, ao entrarem em contato com esses requisitos, passarão a assumir novas condutas individuais, além de práticas empreendedoras, configurando novas instituições normativas e sociais, ao lado do empreendedorismo sustentável. Resumindo: um novo paradigma cultural moldará a atuação empreendedora a exigências de transparência, além de sustentabilidade social e ambiental.
Claro que esse caminhar, como toda senda, apresenta riscos e obstáculos. Se a Individualidade, aspecto da Dignidade Humana, se deturpar, quando contaminada pelo egoísmo, na patologia conhecida por individualismo, os critérios ESG serão utilizados de maneira cosmética, levando à perpetuação trágica dos dramas sociais e da destruição ambiental. Por outro lado, encontramos a oportunidade da manutenção evolutiva da Humanidade com a inclusão social de setores historicamente marginalizados de nossa população, ao mesmo tempo em que, aliados ao meio-ambiente, ampliamos nossa eficiência institucional e produtiva.
É que essa maior proximidade pessoal, acarretada pela chamada globalização das pessoas, possui o condão de adaptar os mais eficientes padrões mundiais à nossa realidade interna, impulsionando não apenas o desenvolvimento econômico como o político e o social. É com base nesse permanente pendão reformista, nessa busca por aprimorar as instituições passíveis de melhoria, além de conservar aquelas dotadas de eficiência e adequação, que se descortina ao mundo em geral, e ao Brasil em especial, um novo Ciclo de Desenvolvimento.
É hora de nos livrarmos dos ruídos danosos, para que possamos aproveitar, de maneira adequada, a bonança.
*André Naves, defensor público federal e comendador cultural, é mestre e doutor em Direito Internacional e Economia
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