
Eu não sei. Talvez, se acontecesse com filhos, mãe, pai, esposa...talvez o comportamento seria diferente. Talvez não. Eu sei, muitos de nós sabem, cada um está fazendo o melhor que pode. Sabemos que o nível consciencial varia de indivíduo para indivíduo. Há diferentes níveis de desenvolvimento consciencial, emocional, mental, psíquico, cognitivo, intelectual, neural.
Amar é para os fortes. Sem dúvida é. Quem conseguiria questionar a afirmação de que o amor é a energia mais potente do Universo. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
O oposto da paz de espírito é um espírito atormentado, em guerra com ele mesmo. Por trás de todo comportamento há uma necessidade. Sempre há. Em algum lugar do passado, na gestação, na infância, na adolescência, deve haver uma tremenda dor emocional, um dano, um trauma, ou vários, tão fortes e persistentes, que ainda atormentam o espírito e explicam em parte o comportamento "adulto".
A primeira experiência de presidir, de governar, que cada um de nós experimenta é a da nossa vida, de nossos pensamentos, sentimentos, atitudes, comportamentos, condutas, controle do ego, e por aí vai. Presidir, governar, a nós mesmos é assumir responsabilidades pelas escolhas que fazemos e, sobretudo, pelos valores que praticamos, não pelos valores que dizemos que praticamos. Quem tem olhos para ver, enxerga. Quem tem ouvidos para ouvir, escuta.
Coloco, do mais íntimo de minha consciência, as energias de amor e de paz neste texto com o propósito de construir uma oração para todas as vidas que, atormentadas, se perdem no exercício da presidência de suas próprias vidas, e também, e sobretudo, uma oração para todas as vidas que se perderam pelo emprego inconsciente, maldoso, criminoso, doentio do poder, e aqui me refiro a todos que se desviaram da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, princípios da administração pública. E não me refiro apenas a esse período de pandemia em que, até agora, perdemos mais de 300 mil compatriotas.
*Luiz Paulo Ferreira Pinto Fazzio, advogado