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PF mira quadrilha que invadiu sistemas do CNJ para soltar presos perigosos

Fraudes identificadas em 15 processos beneficiaram até membros de uma facção criminosa

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Foto do author Rayssa Motta

A Polícia Federal (PF) abriu buscas nesta quinta-feira, 13, contra uma quadrilha que invadiu os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para fraudar documentos e soltar presos perigosos condenados a altas penas e ligados a facções criminoas. Advogados estariam envolvidos no esquema.

Os mandados da Operação Data Change foram cumpridos em Goiânia.

A investigação foi aberta a pedido do próprio CNJ, que identificou os acessos e a manipulação de documentos.

Conselho Nacional de Justiça acionou a PF após identificar fraudes. Foto: Rômulo Serpa/Agência CNJ

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O ataque cibernético teve como alvos os sistemas de execução penal e de mandados de prisão.

Segundo a Polícia Federal, as fraudes consistiam em alterações de dados relacionados às penas e na inserção de documentos falsos nos sistemas do CNJ.

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O objetivo seria adiantar as datas para progressão de regime - do fechado para o semiaberto - de presos perigosos. Em liberdade, os presos rompiam as tornozeleiras e fugiam.

Entre os beneficiados com as fraudes estão condenados a mais de 60 anos de prisão e integrantes de uma facção criminosa.

A PF identificou fraudes em 15 processos, mas não descarta que o número seja maior. A investigação está em andamento.

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