A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira, 8, a 4ª fase da Operação Cui Bono. O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso dias após a descoberta do bunker com R$ 51 milhões.
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DECISÃODocumento
MANIFESTAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL+ "Ninguém aguenta mais tanto roubo", dizia Geddel em 2015
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Após a Operação Tesouro Perdido, a pedido da Polícia Federal, estão sendo cumpridos 5 mandados judiciais expedidos pela 10 ª Vara Federal de Brasília, sendo 3 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva.
Uma das buscas foi feita na casa da mãe de Geddel. Também foi preso o diretor da Defesa Civil, Gustavo Ferraz, em Salvador.
A autorização para as medidas cautelares foi dada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara, em Brasília. O objetivo é recolher provas da prática de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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Na petição enviada à Justiça, o Ministério Público Federal, endossou os pedidos apresentados pela Polícia Federal, argumentando que as medidas são necessárias para evitar "a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos".
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A Polícia Federal havia achado as impressões digitais de Geddel nas notas de dinheiro que estavam no bunker.
Foram apreendidos R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro foi depositado em uma conta judicial.
Geddel estava em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. O ex-ministro havia sido preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho.
A primeira prisão de Geddel teve como base um depoimento do corretor Lúcio Bolonha Funaro. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República em Brasília, Funaro disse ter entregue 'malas ou sacolas de dinheiro' ao ex-ministro. O corretor declarou ter feito 'várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima'.
"Essas entregas eram feitas na sala VIP do hangar Aerostar, localizada no aeroporto de Salvador/BA, diretamente nas mãos de Geddel", declarou Funaro.
Em agosto, Geddel se tornou réu por obstrução de Justiça. O ex-ministro teria atuado para evitar a delação premiada do corretor Lúcio Funaro, que poderia implicá-lo em crimes de corrupção na Caixa Econômica Federal.
COM A PALAVRA, GEDDEL
A defesa do peemedebista afirma que vai se manifestar quando tiver acesso aos autos.
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