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Procuradores votam lista tríplice nesta terça; candidatos fazem oposição a Aras

Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino disputam pleito promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); Bolsonaro não sinalizou que pretende escolher novo procurador-geral entre os nomes aprovados pela classe

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Foto do author Rayssa Motta
Atualização:

Procuradoria-Geral da República. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO  

Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) votam nesta terça-feira, 22, os nomes que vão compor a lista tríplice que será enviada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para escolha do novo chefe da instituição. Três subprocuradores disputam as eleições internas: Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. O atual procurador-geral da República, Augusto Aras, ainda pode ser reconduzido ao cargo.

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Por lei, o presidente da República não é obrigado a escolher entre os indicados pela classe. Bolsonaro, inclusive, foi o primeiro a romper com a tradição, que vinha desde 2003, no governo do ex-presidente Lula (PT), ao desprezar a lista e nomear Aras. O 'alinhamento' do PGR com o Planalto é criticado pelos candidatos: os três já afirmaram que faltou ação diante da gestão da pandemia.

Embora Bolsonaro não tenha sinalizado que, desta vez, pretende usar a relação para fazer a escolha, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) decidiu manter a eleição. A entidade planeja encaminhar a lista ao presidente até 2 de julho. A indicação deve ser formalizada até setembro.

Os subprocuradores Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. Fotos: Divulgação/ANPR Foto: Estadão

Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino, que é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), um das principais lideranças de oposição ao bolsonarismo, já compuseram listas tríplices em anos anteriores, mas acabaram preteridos na hora da indicação presidencial. Os três integram o Conselho Superior do Ministério Público Federal e fazem oposição a Aras.

Além das críticas pela falta de atuação em relação ao governo, uma das principais divergências é sobre a cruzada promovida pelo atual procurador-geral contra a Operação Lava Jato. Aras pôs fim às forças-tarefas como grupo de trabalho isolado e integrou os procuradores em Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos).

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