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Tribunal afasta juiz do Trabalho por propina de R$ 1 milhão em boletos pagos por leiloeiros

Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, colocou a Operação Erga Omnes nesta terça, 10, no encalço do juiz Luiz Fernando Bonn Henzel, que supostamente teve financiamentos imobiliários, despesas condominiais e faturas de cartão de crédito pagos por leiloeiros que fraudavam execuções trabalhistas e arrematações

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Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Fausto Macedo
Atualização:

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 10, a Operação Erga Omnes na mira do juiz do Trabalho Luiz Fernando Bonn Henzel, que atua em Canoas, na Grande Porto Alegre. Ele é suspeito de receber propina em troca de proteção a dois grupos de leiloeiros judiciais que fraudavam execuções trabalhistas e arrematações, além de desviarem valores depositados em hastas públicas.

O Estadão pediu manifestação do magistrado. O espaço está aberto.

Henzel foi afastado do cargo. Segundo a PF, ele teria recebido, entre 2022 e 2024, mais de R$ 1 milhão em boletos bancários - faturas de cartão de crédito, financiamentos imobiliários, despesas condominiais e imobiliárias - pagos pelos criminosos.

PF faz operação na mira de magistrado suspeito de receber propinas de leiloeiros Foto: Polícia Federal

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A ofensiva foi aberta do Tribunal Regional Federal da 4 ª Região, que expediu duas ordens de prisão temporária e mandou a PF vasculhar 10 endereços em Porto Alegre. A investigação nasceu de uma inspeção extraordinária realizada pela Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho em um órgão da Justiça do Trabalho de Canoas.

A Operação Erga Omnes mira supostos crimes de peculato, corrupção passiva, violação de sigilo funcional e associação criminosa. O nome faz referência a uma expressão latina que significa “contra todos” ou “em relação a todos” em referência ao “compromisso da Polícia Federal em reprimir os crimes de corrupção em qualquer dos poderes e em quaisquer das esferas, de forma técnica, isenta e imparcial”.

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