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Tribunal da Lava Jato mantém ordem de prisão de sueco foragido acusado de intermediar propinas de US$ 2,8 milhões a executivos da Petrobrás

Desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região entenderam que a manutenção da ordem de prisão de  Bo Hans Vilhelm Ljungberg é necessária para 'garantir a aplicação da lei penal'

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Por Redação

Prédio do TRF-4 em Porto Alegre. Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 22/1/2018

Os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiram manter a prisão preventiva do sueco Bo Hans Vilhelm Ljungberg, investigado na Operação Lava Jato por intermediar pagamentos de propina a funcionários da Petrobrás em contratos na área de compra e venda de petróleo da estatal.

Por unanimidade, os os magistrados entenderam que a manutenção da ordem de prisão é necessária para 'garantir a aplicação da lei penal'. A decisão foi proferida na última quarta, 10.

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O RELATÓRIO

 

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O ACÓRDÃO

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"Havendo fortes indícios da participação do paciente em crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro e estando o mesmo foragido das autoridades brasileiras, sem que se tenha notícia sobre a recuperação dos valores ilícitos em tese movimentados por ele, justifica-se a manutenção da prisão preventiva, para a garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal", registrou o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, ao negar o pedido de habeas corpus do sueco.

As informações foram divulgadas pelo TRF-4.

Ljungberg foi denunciado pelo Ministério Público Federal em dezembro de 2018 na 57ª fase da Lava Jato, que investigou pagamentos de propina a executivos da Petrobras por empresas que atuam na área de trading. Ele é acusado de integrar o esquema de corrupção como operador financeiro, tendo supostamente intermediado pagamentos de vantagens indevidas e comissões ilícitas no valor de 2,8 milhões de dólares.

O sueco teve a prisão preventiva decretada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, mas a ordem nunca chegou a ser cumprida. Ljunberg deixou o país após a deflagração das investigações. Atualmente ele é considerado foragido pela Justiça brasileira.

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