Bolsonaro defende usar armas para garantir democracia: ‘Será preservada, não interessam meios’

Em cerimônia em Sergipe, presidente afirma que democracia e liberdade são ‘inegociáveis’

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Por Eduardo Gayer
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu nesta terça-feira, 17, o uso de armas de fogo para garantir a democracia no País. “A arma de fogo, além de segurança para as famílias, é segurança para nossa soberania nacional e a garantia de que a nossa democracia será preservada. Não interessa os meios que um dia porventura tenhamos que usar. Nossa democracia e nossa liberdade são inegociáveis”, afirmou.

A declaração foi feita durante inauguração de trechos da BR-101/SE, em Propriá (SE), e no momento em que o presidente, pré-candidato à reeleição, levanta dúvidas sobre o processo eleitoral. Ontem, em São Paulo, o presidente falou na possibilidade de “eleições conturbadas”.

Em Sergipe, Bolsonaro fez elogios ao senador Fernando Collor (PTB-AL), presente na cerimônia, chamando-o de “grande aliado no Parlamento” - e repetiu a frase “o Nordeste é nosso”. O Nordeste é a região do País em que a diferença em favor do seu principal adversário na corrida eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é maior.

O presidente Jair Bolsonaro durante evento em São Paulo na segunda-feira, 16, no qual falou na possibilidade de "eleições conturbadas". Foto: Isac Nobrega/PR

Bolsonaro fez um novo aceno a profissionais da segurança pública, que pressionam por uma reestruturação das carreiras prometida pelo governo. “Lamentamos o poder aquisitivo dos servidores públicos, mas tenho certeza que brevemente isso será recuperado. Em especial nossa Polícia Rodoviária Federal, que está nos acompanhando neste momento”, afirmou.

Ele ainda reconheceu a perda do poder aquisitivo da população de um modo geral, mas defendeu a atuação do governo na política para fertilizantes. “Garantimos fertilizante a vocês fazendo contato com o governo da Rússia. Na semana passada, 26 navios aportaram aqui com fertilizantes, suficiente para a safra deste ano”, disse.

O presidente encerrou seu discurso com o lema “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. “Deus, Pátria e Família” era a frase-síntese da Ação Integralista Brasileira, movimento de inspiração fascista fundado no Brasil por Plínio Salgado, em 1932.

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