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Bolsonaro não diz se entregará faixa em caso de derrota e pede apuração semelhante à Mega Sena

Presidente não responde a pergunta de jornalista e faz novo ataque às urnas eletrônicas sem provas

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Por Eduardo Gayer

BRASÍLIA – Em novo ataque sem provas ao sistema eleitoral brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira, sem oferecer detalhes, que as urnas eletrônicas precisam ter um processo de apuração semelhante ao da Mega Sena.

“Quais são as sugestões das Forças Armadas? Uma das sugestões é uma apuração semelhante à Mega Sena da Caixa Econômica Federal. É simples, pessoal”, afirmou o presidente. “Tem gente aqui que desconfia da Mega Sena. O que eu sei, hoje em dia, é que se alguém quiser apresentar uma medida para mim ou para a Dani (Daniella Marques, presidente) da Caixa para dar mais transparência, a gente vai de imediato acolher”, acrescentou.

De acordo com Bolsonaro, as negociações para mudanças no sistema eleitoral ainda neste ano continuam. Foto: Adriano Machado/Reuters

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Ao ser questionado se entregaria a faixa presidencial caso perca a eleição com o atual sistema eleitoral, Bolsonaro não respondeu: “Você tá louca que eu responda que não, né?”, respondeu ao ser questionado.

De acordo com Bolsonaro, as negociações para mudanças no sistema eleitoral ainda neste ano continuam. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, já declarou reiteradas vezes que o princípio da anualidade não permite qualquer alteração no rito para as eleições deste ano.

Sobre a reunião com embaixadores na última segunda-feira, quando atacou novamente sem provas a lisura das urnas eletrônicas, Bolsonaro disse que suas afirmações foram baseadas em inquéritos da Polícia Federal.

A Polícia Federal, já no ano passado, negou que as urnas eletrônicas tenham sido alvo de investigações da corporações relativas a fraudes, desde que o sistema eletrônico foi implementado no Brasil, em 1996. Em resposta às investidas de Bolsonaro, o TSE também divulgou uma lista de fatos para contrapor as 20 alegações contadas pelo presidente sobre o processo eleitoral. Entre elas a que um hacker teve acesso a todas as informações internas da Corte.

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