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Bolsonaro volta a falar em legítima defesa e que ‘povo armado jamais será escravizado’

Presidente afirmou que armas dão garantia à vida e às propriedades durante encontro com executivos da indústria de proteína e saúde animal

Foto do author Isadora Duarte
Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Isadora Duarte (Broadcast), Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e Sandy de Oliveira
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar em legítima defesa na manhã desta terça-feira, 9, durante discurso a executivos da indústria de proteína e saúde animal. “Povo armado dá garantia a si, à sua propriedade e ao Brasil. Povo armado jamais será escravizado”, disse Bolsonaro na abertura do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), evento promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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Ainda sobre defesa das propriedades agrícolas, o presidente disse que as invasões às terras rurais diminuíram de quatro por dia para quatro invasões por ano. “Cortamos recursos que iram para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra via ONGs. Praticamente acabamos com MST no bom sentido. Dos 370 títulos que distribuímos, 90% foram para mulheres”, afirmou.

No mesmo evento, o presidente não poupou de críticas ao seu principal oponente na corrida presidencial. Sem citar nominalmente o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), ele se referiu ao petista e ao seu governo como resultados de uma escolha errada pelo povo brasileiro. “Se o cara tem uma Ferrari – não tenho nada contra... até queria ter uma na minha garagem – e a dá para um bêbado dirigir, vai dar errado”, disse Bolsonaro.

Segundo o presidente, o Brasil quer um governo que dê lealdade a seu povo não da boca para fora, mas da “caneta Bic para fora”. E mais uma vez, referindo-se a Lula e suas críticas a um não posicionamento do Brasil no conflito bélico no Leste Europeu, o presidente disse que “não vou resolver a guerra da Rússia tomando cerveja com ninguém”.

Bolsonaro discursa no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS) Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP

Remetendo-se ao encontro que teve com representantes da indústria financeira na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Bolsonaro disse que indagou a um banqueiro se este daria um emprego a um ex-funcionário que o roubou. “Eu perguntei a um banqueiro ontem lá na Febrabam se ele daria emprego a um ex-funcionário que o roubou voltasse oito anos depois pedindo um emprego”, provocou o presidente da República.

Bolsonaro disse ainda que, durante o evento da Febraban, na segunda-feira, deu uma de pastor e que falou aos banqueiros que “quanto mais rico o homem for, mais ele se afasta de Deus”. Ele também disse que teria sido aplaudido de pé no encontro com os banqueiros.

Por fim, disse que “o pessoal está gostando da redução dos preços dos combustíveis, que antes havia superfaturamento da Petrobras e que as pessoas saberão fazer as escolhas certas nas eleições.

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