O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira, 21, em entrevista, que o governo não propôs a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e avalia que cabe ao Congresso encontrar um fonte de financiamento para a despesa nova que parlamentares estão propondo criar com o projeto de regulamentação da Emenda 29, que aumenta a destinação de recursos para a Saúde. Segundo Bernardo, "é inconstitucional" o Congresso criar despesas novas sem definir de onde vêm os recursos. Veja Também: Governo não vai participar de recriação da CPMF, diz Múcio Não há iniciativa do governo para ajudar Emenda 29, diz Lula Governo não apresentará proposta de nova CPMF, diz Múcio Entenda a Emenda 29 Entenda a cobrança da CPMF "Nós não queremos convencer ninguém, vamos ser francos. Tem um projeto que foi aprovado no Senado que cria uma despesa que, aparentemente, é de R$ 10 bilhões a mais no ano. O Congresso precisa cortar no mesmo montante, ou apontar uma (fonte de) receita para pagar esse gasto", declarou Bernardo. "O governo não é autor do projeto (de regulamentação da Emenda 29). Portanto, achamos que não somos nós que temos que resolver esse assunto", disse Bernardo, salientando que o projeto "cria uma despesa da ordem de R$ 10 bilhões por ano". Antes de entrar para a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ele alertou que "não há sobra de caixa no governo", mesmo com a projeção de receitas divulgada ontem pelo Ministério do Planejamento, que indicou uma arrecadação de R$ 11,8 bilhões acima da prevista.