A Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (Fecam) quer o fim da greve. "Vamos pedir a dissolução do movimento", disse hoje o secretário geral da Fecam, André Costa. A Fecam acha que a greve "fracassou" por conta de uma avaliação errada do presidente do Movimento Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, que insistiu em deflagrá-la no dia 29, com o que a federação não concordava. Hoje, havia trânsito livre em todas as estradas federais que cortam o Rio Grande do Sul, mas Costa acreditava que 40% da categoria ainda estivesse parada. O secretário-geral atacou especialmente Botelho. "Não podemos ficar à mercê de um megalomaníaco", reagiu. "Ele não conseguiu parar os caminhoneiros no seu próprio Estado, o do Rio". Também discordou da presença de apoios "estranhos" ao movimento, entre os quais o da CUT e o do MST. Durante a semana, alguns acampados do MST juntaram-se aos piquetes de Cruz Alta/RS. Hoje, o ministro Eliseu Padilha, dos Transportes, prometeu anunciar, no dia 8, algumas medidas favoráveis aos caminhoneiros. Disse que o governo federal restringirá o ingresso de novos caminhões no transporte autônomo de cargas. Na opinião dele, não houve greve mas "uma tentativa de paralisação" promovida "por agenciadores de cargas". Padilha descreveu o quadro como "de normalidade" em praticamente todo o País.
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