Ao entrar no estabelecimento, que costumo visitar com certa frequência, uma simpática garçonete me abordou. "Moço, você é candidato"?
- Er...sou!
- Eu sabia! Quando eu te vi na televisão, achei na hora que fosse um cliente. Já atendi muitas vezes o senhor aqui...
A garçonete me contou que estava empolgadíssima para votar. "Vai ser a minha primeira vez aqui em São Paulo".
Ela disse que havia transferido seu título de eleitor para São Paulo. "Já votei na minha cidade natal (não me revelou qual), mas aqui a emoção será completamente diferente.
Empolgada, confessou que não perdia um horário eleitoral e que tinha especial interesse por candidatos com propostas relacionadas aos cuidados dos animais de estimação.
Que não é o meu caso.
Levei a conversa até o ponto em que ela perguntou meu número de candidato. Como tenho feito, ao perceber que poderia conquistar uma eleitora, contei a verdade. "Vou continuar procurando. Não quero jogar meu voto fora", falou uma das eleitoras mais exemplares com quem tive a oportunidade de conversar.
Ao lado dela, outro garçom respirou aliviado. "Que bom! Aqui no Brasil, só devocê ser um candidato, você já está infringindo uma lei, a Lei da Cidade Limpa. Todos estão sujando a cidade, sem exceção", completou.