Como mostrou a Coluna do Estadão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), procurou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar da pena dos condenados pelo 8 de Janeiro. Para o colunista do Estadão Carlos Andreazza, o movimento indica como os parlamentares enxergam atualmente a Corte: “parte ativa do jogo político e das negociações”.
As conversas caminham no sentido de construir um acordo para revisão das penas dos condenados pela depredação dos prédios públicos em Brasília, em 2023, com o intuito de pacificar o País. Com isso, a anistia pretendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perde o argumento principal.
“Essa é uma negociação política, ainda que juridicamente o correto a fazer seja, sim, revisar as penas de situações como a de Débora Rodrigues dos Santos. Só que não é o jurídico que vem na frente, é a solução política, e esse é o ponto: a subordinação da análise jurídica a circunstâncias políticas.”
O que você precisa saber para acompanhar o papo:
“As pessoas percebem que se instrumentaliza a turma depredadora do 8 de Janeiro, como vítimas, para embutir Jair Bolsonaro nesse pacote. A intenção é a impunidade de Bolsonaro. E repito: isso é altamente impopular”, diz Andreazza.
O colunista prevê que essa agenda, colocada por quem quer se manter competitivo para 2026, trará mais prejuízos do que benefícios para os futuros candidatos.
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