A corrida de Lula pela reeleição acelerou. Vai – vem – com tudo. Não sem aviso. Dobra a aposta. Ainda a triplicará. Aposta na expansão fiscal, também parafiscal. Aposta na gastança, iniciada com a PEC da Transição, que já comunicara – na largada – a que vinha o governo Dilma III: os mais de R$ 150 bilhões jorrados na economia para sustentar o voo de galinha.
O tiro doravante será curto – até 2026. O fato de ser natimorto o arcabouço fiscal só ajuda. A corrida é com – não contra – a inflação. Se ela come os dinheiros que o Estado bota na mão do povo, Lula bota na frente – despeja mais grana – e a cobre; e a alimenta. Será (de novo) uma corrida do cobre-descobre, por alcançar o ano eleitoral vendendo bem-estar imediato; e mentiroso.

É o ciclo perverso que enreda o pobre. O presidente-candidato solta mais bilhões, empurra o crescimento artificial, induz o consumo, contratado também o endividamento das famílias, e – não havendo produção que lastreie essa demanda estimulada – fabrica mais inflação; à qual responderá com mais derramamento de haddads na praça.
A corrida será perdida – derrotado o povo. Importante sendo quando a derrota apresentará a fatura. O ritmo imposto por Lula é para empurrar a conta a 2027. São boas as chances de que seja bem-sucedido.
A corrida é para pedalar até 26 e, uma vez lá, firmar o pacto com o Parlamento – uma nova PEC Kamikaze – pela reeleição de geral. Pelo financiamento do projeto de reeleição do poder de turno. Financiamento compulsório que você bancará.
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Esta coluna aponta faz tempo que essa aceleração terá como um dos motores o encharcamento da oferta de créditos estatais. Projeto Dilma, por Dilma IV. No Amapá, o presidente apresentou o roteiro da campanha: para além de variadas formas de distribuição de créditos, a isenção de imposto de renda para quem ganhe até R$ 5 mil (sem a contrapartida arrecadatória ao que se perderá em receitas) e – atenção – a universalização da gratuidade do gás. Não existe gás de graça.
O homem falou: “(...) estamos discutindo um projeto, que está quase pronto, para entregarmos gás de graça para 22 milhões de famílias deste país”.
Em 2024, o governo mandou ao Parlamento projeto que ampliava o Auxílio Gás, programa que seria custeado via Caixa, por meio do Fundo Social, à margem do Orçamento. É o mesmo esquema parafiscal pretendido para o Pé de Meia, que valerá mais de R$ 15 bilhões neste ano – dos quais apenas R$ 1 bilhão vai previsto na peça orçamentária. E depois Haddad – operando orçamento paralelo – se jactará de cumprir meta fiscal.
Para 2025, nem sequer os R$ 3 bilhões necessários ao pagamento do Auxílio Gás corrente constam na proposta orçamentária. Para 2026, ainda assim, podemos esperar o Ovo de Ema para Todos.