BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), suspendeu à 1h desta quinta-feira, 13, a reunião sobre a admissibilidade da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.
Desde 11h desta quarta-feira, 12, os parlamentares se revezavam na sessão de debates, se intercalando entre os que defendiam a admissibilidade da denúncia e os que se posicionaram contra.
“É razoável nesse instante suspendermos a reunião e daqui a pouco, às 9h, nós retomamos os trabalhos”, disse Pacheco. Os trabalhos da CCJ serão retomados na quinta-feira, 13, às 9h.
Da lista de 82 deputados a favor da admissibilidade da denúncia que se inscreveram para ter o direito à fala, restam mais de 30 nomes que ainda não falaram na sessão. O tempo de fala de cada deputado varia de 10 a 15 minutos, o que pode atrasar a votação na CCJ.
Pacheco considerou a reunião "muito proveitosa e serena" e afirmou que a previsão é que a votaçao na CCJ ocorra ainda nesta quinta-feira. "Temos de chegar a um resultado justo cumprindo o regimento interno da Casa", comentou o deputado.
Um eventual afastamento de Temer do Palácio do Planalto depende de a Câmara dar aval para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente. Para Temer ser suspenso de suas funções, também é necessário que o STF decida receber a denúncia, conforme estabelecido na Constituição.