97% dos motociclistas de aplicativo da cidade de São Paulo afirmaram que a Prefeitura deveria permitir o serviço de mototáxi, segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva. Após um pedido da Prefeitura da capital do Estado, a operação de motos por aplicativo da 99 e da Uber foi suspensa pela Justiça no último dia 27.
Para 83% dos entrevistados, os governantes deveriam ouvi-los sobre a oferta do serviço de mototáxi. Na visão de 82% dos motociclistas, os vereadores paulistanos deveriam apoiar a oferta desse meio de transporte na cidade.
O levantamento ouviu 500 motociclistas de aplicativo na capital paulista entre 18 e 21 de janeiro. “O trabalho como motociclista de aplicativo é uma das principais fontes de renda para moradores da periferia em São Paulo. Esses trabalhadores, no entanto, esperam ser ouvidos, ter condições dignas e contar com segurança em um ambiente de trabalho regulamentado”, afirmou o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles.
No último dia 27, a Justiça de São Paulo acatou um pedido da Prefeitura e ordenou que a 99 e a Uber suspendessem as operações de mototáxi na cidade. Segundo a Prefeitura, as empresas descumpriram um decreto municipal de 2023 que veda a modalidade. A Uber e a 99, por outro lado, alegam que a legislação federal e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) amparam o serviço de mototáxi.
Desde o último sábado, 8, a Prefeitura tem veiculado uma campanha publicitária contra o serviço de mototáxi. O vídeo tem o depoimento de um motoboy que passou a usar cadeira de rodas após um acidente de trânsito. Por isso a Prefeitura não permite mototáxi por aplicativo, para não acontecer com você o que aconteceu comigo, ou até mesmo pior”, afirmou Renato dos Santos.
