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Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Bolsonarismo faz ofensiva a Janja no Congresso e mira gastos e viagens da primeira-dama

Deputada Júlia Zanatta (PL-SC) faz questionamentos a Rui Costa sobre ‘equipe informal’ da primeira-dama no Palácio do Planalto, que gastou R$ 1,2 milhão em viagens desde o começo do governo Lula, como revelou o Estadão

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Foto do author Iander Porcella

O bolsonarismo iniciou uma ofensiva no Congresso para questionar gastos e viagens da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) protocolou requerimento de informação ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a “equipe informal” que foi colocada à disposição da esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como revelado pelo Estadão, os integrantes desse núcleo no Palácio do Planalto gastaram R$ 1,2 milhão em viagens desde o começo do governo. Já o deputado Zucco (PL-RS) pediu medidas de fiscalização sobre as atividades de Janja.

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No documento elaborado por Zanatta, a parlamentar faz uma série de questionamentos, como o número de pessoas, os nomes e os cargos na “equipe informal” de Janja, os fundamentos legais e institucionais que justificam o gabinete, o orçamento para contratação e manutenção dos postos, além dos critérios usados para a participação da primeira-dama em viagens internacionais.

“A notícia de que a primeira-dama Rosângela da Silva supostamente gerencia um gabinete informal com gastos de R$ 1,2 milhão em dinheiro público gerou ampla repercussão e preocupação em relação à transparência e à correta aplicação dos recursos públicos”, diz Zanatta, no requerimento.

“É dever do Parlamento assegurar que todas as ações e gastos da administração pública estejam em conformidade com os princípios constitucionais da legalidade, eficiência e publicidade”, afirma outro trecho.

O Estadão mostrou que o “time” de Janja custava cerca de R$ 160 mil mensais em salários por mês. Alguns dos membros da equipe perderam os cargos após o marqueteiro Sidônio Palmeira assumir no mês passado o comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom), como no caso de Brunna Rosa, que ocupava o posto de chefe da Secretaria de Estratégia e Redes.

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Júlia Zanatta (PL-SC), deputada federal Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados

“Não parece ser possível justificar, sob qualquer perspectiva de interesse público, que Janja, por ostentar o título extraoficial de “primeira-dama do Brasil”, passe a comandar as atividades e a dar ordens – como se superior hierárquica fosse – de pessoas investidas em cargos públicos lotados no Gabinete Pessoal do Presidente da República e na Secretaria de Comunicação Social”, diz o documento de Zucco.

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