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Por Roseann Kennedy

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Cidade do interior de SP pode cassar único vereador de oposição ao prefeito

Abidan Henrique (PSB) alega perseguição política e fala em risco à democracia em Embu das Artes; Ney Santos (Republicanos) nega retaliações e diz que Câmara é independente

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Por Eduardo Gayer
1 min de leitura

A Câmara Municipal de Embu das Artes (SP) deu início ao processo de cassação de Abidan Henrique (PSB), o único vereador de oposição ao prefeito Ney Santos (Republicanos). No total, Embu tem 17 vereadores. Abidan diz que o processo é uma “perseguição política” promovida pelo grupo governista e fala em risco à democracia se a oposição não estiver representada na Câmara. O prefeito nega retaliações e afirma que o legislativo local é independente da prefeitura.

Para a base do prefeito na Câmara, Abidan quebrou o decoro quando disse que os colegas “fugiram como ratos”, ao faltarem a uma sessão para debater os gastos da prefeitura no “Embu Country Fest”. O festival contratou artistas como Wesley Safadão, Leonardo e Jorge e Mateus.

O vereador Abidan Henrique (PSB), de Embu das Artes, alvo de processo de cassação.  Foto: Abidan Henrique

À Coluna, Abidan afirma que a acusação de quebra de decoro é “absurda” e “fere a inviolabilidade da fala de um parlamentar”. “Como sou o único vereador de oposição, o prefeito quer calar minha voz na Câmara e interromper as fiscalizações que faço na cidade”, diz o vereador.

O prefeito Ney Santos, por sua vez, nega que tenha orientado sua base na Câmara a cassar o vereador e diz que a tese de “perseguição política” deve ser provada por Abidan.

“Estou pensando seriamente em processá-lo, se ele realmente for cassado. Não tenho nada contra o Abidan. Os vereadores têm liberdade em seu mandato, cada vereador tem livre arbítrio do que faz. Eu não tenho força para pedir para um vereador cassar outro”, declarou o prefeito à Coluna.