O Fundo Amazônia recebeu R$ 990 milhões em doações em 2024 de seis países, valor cinco vezes maior ao registrado no ano anterior. No governo Bolsonaro, de 2019 a 2022, o fundo ambiental ficou paralisado.
Em 2024, o fundo recebeu doações de Reino Unido, Noruega, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca e Japão. Em 2023, a arrecadação foi de R$ 150 milhões, com recursos de Alemanha, Estados Unidos e Suíça.
O terceiro maior repasse em 2024, feito pelos norte-americanos, foi de R$ 276 milhões, cerca de 28% do total. Com a posse de Donald Trump na Casa Branca, contudo, é provável que as transferências sejam cortadas. Trump já avisou que vai retirar o país norte-americano do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, ligado à Organização das Nações Unidas, e desfazer outras medidas ambientais do antecessor Joe Biden.
Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Amazônia negocia receber uma captação de R$ 400 milhões nas próximas semanas: R$ 314 milhões do Reino Unido e R$ 86 milhões da Dinamarca.
Procurado, o BNDES afirmou que tem cerca de R$ 3,9 bilhões disponíveis para aplicar em novos projetos. Segundo o banco, desde o início do governo Lula o número de países doadores passou de dois para nove.
