Em processo de possível fusão, a Gol e a Azul informaram aos acionistas um rombo de R$ 50 bilhões no fim do ano passado. Os dados constam das demonstrações financeiras mais recentes das duas companhias aéreas, relativas ao terceiro trimestre de 2024.
A Gol informou um patrimônio líquido negativo de R$ 24,03 bilhões em setembro. A empresa passa por um processo de recuperação judicial que tramita nos Estados Unidos. No mesmo mês, a Azul informou ao mercado um patrimônio líquido negativo de R$ 26,04 bilhões.

Os rombos patrimoniais apontam que a eventual fusão das duas empresas é uma tentativa de manter a sobrevivência das companhias. Na semana passada, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, citou o risco de falência das aéreas: “A possível fusão fortalece as empresas. O pior cenário seria se quebrassem”.
Outro aspecto da saúde financeira de Azul e Gol é o crescente endividamento. A Gol registrou, em setembro, R$ 9,72 bilhões em empréstimos e financiamentos com vencimento dentro de um ano. Em 2023, esse comprometimento de curto prazo era de R$ 1,26 bilhão. Na Azul, por sua vez, os compromissos de curto prazo somavam R$ 1,56 bilhão em setembro do ano passado.