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Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Governo quer reforçar papel de Alckmin como vice, e ele pode deixar ministério

A “missão” vem a calhar em um momento em que Lula avalia tirar Alckmin do MDIC para acomodar o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Procurado, o vice-presidente não comentou

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Foto do author Iander Porcella
Atualização:

O Palácio do Planalto quer reforçar o papel de Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente, segundo ministros ouvidos pela Coluna do Estadão. A ideia é que ele divida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de viajar pelo País para divulgar as ações do governo. A orientação faz parte da estratégia para tentar melhorar a popularidade de Lula e pavimentar o caminho para buscar a reeleição em 2026.

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A “missão” vem a calhar em um momento em que Lula avalia tirar Alckmin do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para acomodar o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Procurado, o vice-presidente não comentou.

A expectativa é que Lula feche nas próximas semanas o “xadrez” da reforma ministerial. O PSB chegou a ocupar três ministérios no começo do governo. Além de Alckmin no MDIC, a sigla tinha a Justiça, com o agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, e Portos Aeroportos, com Márcio França, que acabou deslocado para o Empreendedorismo.

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Foto: Wilton Junior/WILTON JUNIOR

Ao ser questionado sobre eventual perda de espaço do PSB na Esplanada, o líder da legenda na Câmara, Pedro Campos (PE), ressaltou que o partido está com o governo desde o início. “Eu não enxergo um cenário de reforma ministerial onde o PSB diminui sua participação no governo”, declarou.

Concluída a eleição das presidências da Câmara e do Senado no último sábado, 1º, aumentou a pressão de partidos por mais espaço na reforma ministerial. Lula estabeleceu o apoio em 2026 como critério para afagar as legendas, mas, como mostrou a Coluna do Estadão, os próprios governistas estão céticos em relação à régua escolhida. Com dois anos de antecedência e a popularidade em baixa, cobrar fidelidade é pedir para ser traído, admitem petistas com amplo trânsito no Palácio do Planalto.

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