A Unafisco Nacional, entidade que representa auditores fiscais da Receita Federal, responsabilizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela greve no Fisco, que entrou no terceiro mês. Para a associação, Haddad ignorou demandas de servidores da Receita e gerou irritação na categoria. A Coluna do Estadão entrou em contato com a assessoria do ministro, que não respondeu. O espaço segue aberto.
O grupo alegou que a “gota d’água” para a greve foi o “tratamento desigual” do ministro em relação à Receita e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), duas carreiras subordinadas à Fazenda. Enquanto os auditores ficaram com o salário básico congelado, os servidores da PGFN receberam reajustes de 19% para os próximos dois anos, segundo a Unafisco.
Ainda de acordo com a Unafisco, delegados e auditores das principais regiões administrativas da Receita, a exemplo de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, anunciaram que estão em “modo de obrigações funcionais mínimas”, o que prejudica a fiscalização do órgão.

Entre os impactos da greve está a retenção de cerca de 500 mil mercadorias de importação e exportação nos aeroportos, segundo a Unafisco, que também estimou que R$ 15 bilhões em transações tributárias estão pendentes desde o ano passado.