O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já apresentou a primeira demanda ao novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), durante um jantar na última semana. Ele quer empenho dos deputados para votar medidas que impeçam baixaria e agressividade nas campanhas. Apesar de não ter citado nominalmente o adversário nas eleições passadas, o pedido foi entendido como uma espécie de pacote “anti-estilo Marçal”.
“Você vai pegar o período que vai cair justamente nas eleições de 2026, que a gente já sabe como será o calor dessas eleições. Estou falando aqui como uma pessoa que acabou de sair de uma eleição difícil. Talvez a mais difícil que esse País já viu a forma como foi conduzida”, afirmou o prefeito a Motta em um jantar com o deputado no último dia 27.
“Eu acho que você já pode conversar com os deputados federais como é que a gente faz nas próximas eleições para não ter esse nível de agressividade. Acho que a bola está com vocês”, emendou.

Na campanha à Prefeitura de São Paulo no ano passado, Nunes teve uma disputa acirrada com Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário no segundo turno. Por ofensas e informações falsas, Marçal teve as redes bloqueadas durante a campanha e ainda é investigado pela Justiça Eleitoral. Se for condenado, ficará inelegível.
Marçal chegou a ser expulso de um debate após ofender Nunes, em setembro passado. Na ocasião, um assessor do ex-coach deu um soco no marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima. Depois, dois dias antes da votação do primeiro turno, Marçal divulgou um laudo médico falso contra Boulos. A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal pelo caso.