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Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Presidente da Anfavea elege três prioridades para a gestão; saiba quais

Igor Calvet tomou posse na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos na noite da terça-feira

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Foto do author Roseann Kennedy
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Atualização:

O novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Igor Calvet, elegeu três prioridades para sua gestão: tecnologia, atração de empresas estrangeiras e redução de custos. Empossado no cargo na noite da terça-feira, 15, Calvet é o primeiro executivo contratado do mercado para chefiar a entidade.

Tecnologia

“O primeiro foco é tecnologia, para que nossas empresas associadas sejam competitivas. Hoje, em qualquer planta de montadoras no mundo, há um nível de automatização, robotização e uso de inteligência artificial gigantescos. Isso é mais produtividade e mais competitividade”, disse Calvet à Coluna do Estadão.

Presidente da Anfavea, Igor Calvet Foto: Ascom/Anfavea


Atração de empresas estrangeiras para produzir no Brasil

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Para o presidente da Anfavea, a guerra comercial entre Estados Unidos e China vai aumentar a demanda para que o País desenvolva o setor automobilístico.

“As questões geopolíticas estão exigindo cada vez mais necessidade de localização, por uma questão de segurança, de suprimentos e distribuição. E aí você tem brigas tarifárias. Nosso mercado, normalmente, é muito globalizado. Você faz uma peça aqui, importa outra da Tailândia, outra do Vietnã. Então é tentar captar o que a gente já tem no Brasil, por exemplo, de autopeças aqui produzidas e também tentando olhar o ecossistema automotivo como um todo”.

Redução de custos

Calvet avaliou que o setor enfrenta custos logísticos muito altos, compostos também pelos gargalos de infraestrutura para escoar a produção.

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“Para a gente ser competitivo, é preciso reduzir os custos que os nossos competidores externos não têm hoje. Temos um custo de energia mais barato, sim, mas temos um custo logístico mais caro, nas nossas estradas, em questão de infraestrutura. A gente tem que voltar a discutir com o setor essa agenda de competitividade e redução de custos, como setor que emprega 1,3 milhão de pessoas no País e com base produtiva em nove estados”, afirmou Calvet