Com o avanço das negociações para filiação do influenciador Pablo Marçal ao União Brasil, surgiu uma preocupação entre integrantes do partido: o “risco Moro”. Hoje o ex-ministro da Justiça Sergio Moro é senador pelo UB, mas quando chegou à sigla em 2022 tentou impor sua candidatura presidencial, o que gerou desgastes e um racha na legenda.
”Se o cara (Marçal) vier para ser soldado, ele pode virar general. Mas não dá para chegar exigindo o posto mais alto”, diz uma das lideranças do União. Governador de Goiás, Ronaldo Caiado tem a preferência hoje na sigla para disputar o Palácio do Planalto.
Há outro temor, embora menor, apontado por integrantes do UB. Antes de chegar à sigla, o ex-juiz da Lava Jato havia se filiado ao Podemos. O partido o recebeu com pompa e circunstância, investiu em sua candidatura presidencial, mas ele pulou do barco buscando legenda maior. O Podemos, inclusive, é uma das opções para Marçal, que hoje está no nanico PRTB.
Marçal projetou seu nome ao concorrer neste ano a prefeito de São Paulo. Ele ficou fora do segundo turno - disputado entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) -, mas conseguiu exposição nacional.
Uma pesquisa da Quaest divulgada após o primeiro turno, em outubro, mostrou o ex-coach com 18% de intenção de voto para o Planalto em 2026. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou 32% e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 15%.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.