A nota enviada anteriormente contém um erro. O candidato a prefeito do Recife João da Costa (PT) disputou eleições. Ele é deputado estadual licenciado. O que ele nunca disputou foi uma eleição majoritária. Segue versão corrigida: Numa disputa por enquanto sem favoritos, a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser decisiva na eleição do sucessor do prefeito do Recife, João Paulo (PT). A disputa se travará entre um candidato imposto por João Paulo, o secretário de Planejamento Participativo da capital pernambucana, João da Costa, e quatro da oposição. Os postulantes da oposição são o ex-governador Mendonça Filho (DEM) e três deputados federais, Raul Henry (PMDB), Carlos Eduardo Cadoca (PSC) e Raul Jungmann (PPS). O vice-prefeito Luciano Siqueira (PC do B) corre por fora, sob o argumento de que o partido pretende ampliar a representação na Câmara Municipal e a candidatura poderá absorver aliados insatisfeitos com a escolha de Costa, sem prejuízo ao PT. Costa é deputado estadual licenciado do PT e nunca disputou eleição majoritária. Pouco conhecido no eleitorado das classes média e alta, ele é homem de confiança do prefeito do Recife e integra o secretariado desde o primeiro mandato do petista. Em compensação, ele conta com um forte palanque, integrado pelo prefeito, pelo governador Eduardo Campos (PSB) e por Lula. Todos com forte aprovação popular no Recife, Lula está disparado na frente - a avaliação de bom e ótimo do governo fica no patamar dos 70%. Oposição Pela oposição, embora Mendonça e Cadoca tenham expressão eleitoral - o primeiro teve mais de 43% dos votos do Recife no segundo turno da última eleição para governador e o segundo já disputou a prefeitura - falta-lhe o suporte de uma aliança política. Henry é o candidato do ex-governador e senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e está aliado com o PSDB. Ex-ministro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jungmann conta com o PV. Os quatro pré-candidatos já integraram uma mesma aliança, liderada por Jarbas. João Paulo escolheu o secretário de Planejamento Participativo sem consultar o partido e há meses trabalha para dar visibilidade a Costa, que o acompanha e ocupa espaço em todos os eventos da prefeitura. O grupo Unidade na Luta, defensor da candidatura do deputado federal Maurício Rands (PT-PE), chegou a propor prévias para a escolha do candidato à sucessão, mas desistiu para não provocar maiores estragos. Eduardo Campos, que participará de ato de adesão à candidatura de Costa nesta sexta-feira, não pôs obstáculos à estratégia do prefeito. Eleito governador, ele deixou claro que iria se dedicar nos dois primeiros anos à administração e reconheceu o prefeito como o responsável pela coordenação da sua sucessão. De quebra, levou para a Secretaria de Turismo o deputado estadual Silvio Costa Filho (PMN), aliado situacionista, que estava prestes a ter o nome lançado à disputa, podendo complicar os planos do prefeito.