Desmatamento cai 63% e atinge menor nível desde março

Relatório do Inpe aponta o Pará como um dos Estados que mais desmatam, seguido pelo Mato Grosso

PUBLICIDADE

Por Ana Luísa Westphalen e da Agência Estado

O desmatamento da Amazônia atingiu em julho o menor nível desde março deste ano e caiu 63% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em julho, 323 km2 de floresta foram destruídos e 81% da área amazônica pôde ser vista pelos satélites usados pelo instituto. A área desmatada equivale à cidade de Belo Horizonte. Veja a série histórica do desmatamento O índice de julho é o menor desde março, quando foram detectados 145 km2 de área de desmatamento. No entanto, neste período, apenas 22% da Amazônia foi observada pelos satélites, pois a maior parte da região esteve coberta por nuvens. Em julho foram avaliados 212 alertas de desmatamento. Os chamados indicavam principalmente desmatamentos por corte raso (79,5%) e por degradação florestal de intensidade alta (14,4%). Cerca de 4% dos alertas revelaram desmatamentos de intensidade moderada e leve e apenas 2,7% não apresentaram indícios de desmatamento nas imagens de referência. Líderes de desmatamento O Pará voltou a liderar o ranking dos Estados que mais desmatam, respondendo por 235,6 km2 de desmatamento, seguido pelo Mato Grosso, que liderava a lista há alguns meses, mas que em julho viu destruídos 32,7 km2 . A queda de mais de 60 % se comparado com os 870 km2 desmatados em junho, é a terceira consecutiva apontada pelo Inpe. De janeiro a junho, o desmatamento da Amazônia somou 4.924 km2 . Há pouco mais de duas semanas, ao antecipar que o Inpe anunciaria uma "queda significativa" no desmatamento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, atribuiu a diminuição da destruição da floresta aos acordos com o setor produtivo fechados recentemente pela pasta. Os dados do Inpe devem ser comentados ainda nesta sexta por Minc, em entrevista coletiva na sede do ministério, em Brasília. (Com informações de Eduardo Simões, da Reuters)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.