Em sua primeira aparição pública desde a notícia de que a ministra Dilma Rousseff tornou-se vítima de um câncer, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta segunda-feira, 27, sua preferência pelo nome da chefe da Casa Civil para a corrida presidencial de 2010. Ao lado de Dilma, em uma extensa agenda em Manaus, Lula afirmou em entrevista coletiva que segundo os próprios médicos, a ministra "não tem mais nada".
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Apesar da manifestação de apoio, o presidente disse que lançá-la ao Planalto não depende exclusivamente dele. "Eu já disse publicamente que a Dilma é minha candidata. Agora, eu não sou o partido. Ela tem que passar pelo partido, tem que passar pela base aliada, tem que passar por uma discussão", amenizou.
Ao argumentar que o linfoma que acometeu Dilma foi totalmente removido, Lula destacou que agora a ordem é que a ministra se submeta apenas a um tratamento preventivo para que a doença não volte a se manifestar. Enquanto isso, Lula disse esperar que a ministra mantenha o mesmo ritmo de pouco tempo atrás.
"Acho que a Dilma está se comportando do mesmo jeito que se comportava antes de saber da notícia, até porque nessas horas não tem porque a gente fraquejar. Ou seja, tem que ficar de cabeça erguida, encarar a realidade e trabalhar", afirmou, acrescentando que espera que Dilma não falte "a um único dia de trabalho".
O expediente na Casa Civil, segundo o presidente, deve até ajudá-la a superar o problema. "A prioridade zero é cuidar da saúde dela. Ela tem que se cuidar, porque com essas coisas a gente não brinca. E a segundo prioridade, até para superar a doença, é trabalhar, enfiar a cabeça nesse PAC 24 horas por dia", apontou.